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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
READAPTAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PANDEMIA: GERENCIAMENTO DO CUIDADO NA EMERGÊNCIA DE UMA ÁREA RURAL AMAZÔNICA
Relatoria:
LÂNDERSON LAÍFE BATISTA GUTIERRES
Autores:
  • Leila Cristina Alves de Sá
  • Eucilene Vidal Nogueira Montagnini
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O objeto de trabalho da enfermagem é o cuidado, conjunto de ações junto ao paciente e grupos sociais na prevenção de saúde, promoção, intervenção em quadros de adoecimento e reabilitação. Na pandemia, muitas das ações da enfermagem precisaram ser readaptadas por se tratar do SarsCov2, vírus de transmissão por gotículas e aerossol e fácil contaminação. O objetivo é apresentar o processo de readaptação da assistência de enfermagem na pandemia para o enfrentamento do Covid-19 em unidade de urgência e emergência da área rural de Porto Velho, Rondônia. Trata-se de um relato de experiência aplicado a realidade de trabalho entre 2020 e 2021, ocorrido no Distrito de Jaci Paraná da Capital portovelhensse. Para enfrentamento da pandemia a equipe de enfermagem planejou a adaptação do fluxo de atendimento dividindo os pacientes em sintomáticos respiratórios e não respiratórios. Houve a reorganização das salas de observação, vermelha, de medicação, sutura e nebulização. Aos pacientes graves de sintomas respiratórios foi reequipada a sala de observação para cuidados semi-intensivos e a sala vermelha ficou para os pacientes graves não suspeitos respiratórios, fluxo que permitiu a continuidade da assistência pré-hospitalar ao paciente vítima de traumas e condições clinicas graves agudizantes em gerais. Foi criado protocolo operacional para a classificação de risco ao paciente sintomático respiratório e para os procedimentos geradores de aerossóis. Devido à sobrecarga de trabalho dos profissionais, foi proporcionado espaço de fala e escuta para expressão dos anseios, medos e preocupações frente ao atual momento. No período de calamidade, a Upa recebeu em média 19 mil pacientes e o tempo de internação variou de 3 a 11 dias, tempo prolongado devido a superlotação dos hospitais públicos de referência, fazendo a equipe se adaptar para o paciente de longa permanência, com cuidados como banho no leito e aspersão, cuidados com pele, higiene oral, alimentação, supervisão de oxigenioterapia, mobilidade musculoesquelética, aplicação da Escala de Braden e Morse, curativos e orientações de cuidados aos familiares. Conclusão: O processo de trabalho da enfermagem precisa ser vivo para ofertar cuidados com qualidade ao paciente e mediante seu quadro clínico. Entende que a readaptação da assistência de enfermagem da urgência e emergência foi importante para a manutenção da vida e dignidade ofertada ao ser humano em tempos de pandemia.