Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DE DELIRIUM NA UTI NA PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Lívia Sayonara de Sousa Nascimento
Autores:
- Thaíse Alves Bezerra
- Mayara da Silva Sousa
- Wilma Tatiane Freire Vasconcelos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O Delirium é um distúrbio agudo flutuante de consciência e cognição que não pode ser explicado por algum transtorno neurocognitivo preexistente ou em desenvolvimento e pode ocorrer em até 80% dos doentes internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os fatores de risco para o desenvolvimento do Delirium envolvem causas relacionadas ao paciente, à gravidade da situação que o paciente se encontra, além de fatores iatrogênicos. No contexto da pandemia por COVID-19 ressalta-se a importância de evitar esse dano por meio de programas de prevenção e detecção precoce. Objetivo: Descrever a experiência de enfermeiros na prevenção de Delirium em pacientes hospitalizados em UTI durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras acerca da atuação de enfermagem na prevenção do Delirium na UTI em pacientes adultos de um hospital Universitário na região Nordeste. Resultados: A experiência vivida evidenciou o importante papel da enfermagem na prevenção do distúrbio e suas dificuldades. Entre os desafios encontrados estão os fatores relacionados ao ambiente da UTI que podem provocar delirium: ruído, deterioração de outros pacientes e dificuldade de manter os ciclos de sono-vigília. Esse fato ganhou ainda mais destaque no contexto de uma pandemia, pois, para reduzir a disseminação do coronavírus, o hospital adotou políticas de bloqueio de visitantes, a mobilização dos pacientes e a comunicação com os profissionais ficaram mais difíceis, além da necessidade de uso de sedativos por muito tempo. Diante desse cenário, as estratégias adotadas foram: monitoramento adequado do estado mental, avaliação da indicação de restrição física, uso de óculos e próteses dentárias (quando possível), mobilização precoce do paciente, contato com familiares por videochamadas, ajuste de alarmes em monitores, manutenção do ciclo sono-vigília sempre que possível, reorientação de tempo e espaço e uso recursos visuais que auxiliam na orientação, como relógios, calendários e elementos pessoais e familiares do paciente. Conclusão: Dessa forma, após o reconhecimento das condições envolvidas para ocorrência de Delirium é essencial a adoção de intervenções de enfermagem direcionadas a sua prevenção e controle, visto que a ação sobre um ou mais desses fatores minimiza a gravidade desse distúrbio. Assim como o tratamento, contatou-se que a prevenção do Delirium é fundamental para a segurança e melhoria da assistência aos pacientes críticos.