Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE TEMPORAL DA MORTALIDADE DE PESSOAS IDOSAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Relatoria:
KATYUCIA OLIVEIRA CRISPIM DE SOUZA
Autores:
- Ana Clara Cintra Santana
- Vinícius do Nascimento Alves
- Anna Luiza de Fátima Pinho Lins Gryschek
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O acelerado processo de envelhecimento populacional causa profundas mudanças no perfil epidemiológico das doenças, como o caso do HIV/Aids. Com o aumento da expectativa de vida também se espera que haja um aumento do período sexualmente ativo, contudo, o baixo conhecimento das pessoas idosas sobre as formas de transmissão e prevenção do HIV/Aids e o tabu sobre o tema, os torna mais vulneráveis a infecção. Além disso, esta população é naturalmente mais propensa a desenvolver problemas de saúde, o que se agrava com a contaminação pelo HIV, podendo resultar em desfechos desfavoráveis até o óbito. Objetivo: Analisar a tendência temporal da mortalidade em idosos vivendo com HIV/Aids no Estado de São Paulo, Brasil. Métodos: Estudo com abordagem temporal para análise da mortalidade por HIV/Aids em pessoas idosas no período de 2010-2020 no estado de São Paulo, utilizando dados secundários do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil. A taxa de mortalidade de pessoas idosas com HIV/Aids foi analisada temporalmente pelo método de joinpoint. Resultados: No período do estudo ocorreram 3070 óbitos de pessoas idosas com HIV/Aids no estado. A predominância de casos ocorreu em homens (65,7%), na faixa etária de 60 a 69 anos (71,9%), brancos (64,9%), solteiros (29%) e com baixa escolaridade (29,4%). O método joinpoint revelou tendência crescente para as faixas etárias de 70 a 79 anos (APC=3.45 p=0,01) e 80 anos ou mais (APC=6.60, p=0,006) e de estabilidade para a população idosa geral (APC=0.99, p=0,226). Conclusão: Apesar da mortalidade em pessoas idosas com HIV/Aids permanecer estável no período de 2010 a 2020, foi possível observar um crescimento destas taxas na faixa etária de 70 anos ou mais. Nesse contexto, faz-se necessário mais estudos a respeito da disseminação do HIV/Aids entre pessoas idosas e as suas consequências devido à vulnerabilidade deste grupo.