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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CUIDADOS PRÉVIOS A POSIÇÃO PRONA NO PACIENTE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Rosane Borges Ferreira Garcia
Autores:
  • Karina Felisbino
  • Tatiane Prette Kuzner
  • Fabrícia Lucca Borba
  • Bruna Piahui dos Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução. A posição prona acrescentou aos planos terapêuticos uma tentativa auxiliar para o restabelecimento da saúde dos pacientes em Síndrome Respiratória Aguda Grave acometidos pela Pneumonia Viral causada pelo COVID-19, baseada na melhoria do desconforto respiratório, pelo favorecimento à eficácia da mecânica ventilatória, como também pelo aumento da área de perfusão para melhora da hipoxemia. Metodologia. Estudo Descritivo, Narrativo, tipo Relato de Experiência: do treinamento a execução de técnica de prona em uma Unidade de Terapia Intensiva. O treinamento consistiu em orientar a técnica do envelope, colocando travesseiros em pontos estratégicos, posicionando dispositivos invasivos, estendendo uma travessa sobre o quadril do paciente, outro lençol sobre seu corpo, e enrolar as extremidades deixando somente o rosto de fora, onde o enfermeiro, médico ou fisioterapeuta posicionaria o tubo oro traqueal e a extensão do ventilador, para em bloco rotacionar o paciente no mesmo eixo, sem extubá-lo, e sem tracionar dispositivos, levando-o para a posição ventral. Resultados. Nas primeiras execuções percebeu-se divergência em relação ao treinamento, mas as simulações foram importantes oferecendo alguma segurança. O edema de face se pronunciava em algumas horas, dificultando o reposicionamento da cabeça, por vezes obliteração do tubo orotraqueal, o travesseiro que servia de coxim ao tórax imprimia uma dobra no peito do paciente, fazendo com que ele exprimisse bolhas claviculares e no externo na supina, e a fixação do tubo oro traqueal, juntamente com edema do lábio, e o acúmulo de umidade da sialorreia e muitas vezes epistaxe. Eventos adversos como extração da punção arterial e até mesmo extubação acidental poderiam ocorrer, por isso era realizado cheklist dos dispositivos, reforçando todas as fixações. Conclusão. No decorrer da pandemia observou-se que mesmo com aplicação destas práticas, as lesões de pele após supina eram um problema. Dessa forma foi necessária a busca por melhorias para minimizar as lesões do paciente pronado: colchão de ar, preparação da pele com hidrocoloide sobre estruturas ósseas e proteção da região íntima para evitar lesões pelo cateter vesical. Higiene oral e corporal realizada detalhadamente. O treinamento foi divergente da pratica, pois as “consequências” da posição prona não eram esperadas para a equipe do treinamento e nem para equipe da prática assistencial, porém serviu para orientar a equipe na organização do procedimento.