Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
FRAGILIDADE EM IDOSOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Relatoria:
VALÉRYA MARIA DE ALMEIDA FRANÇA DE SOUZA
Autores:
- SILVIA MARIA BASÍLIO LINS
- POLYANA CAROLINE DE LIMA BEZERRA
- ROSIMERE FERREIRA SANTANA
- YONARA PEREIRA DE ARAUJO GAIO
- SANDRO CARVALHO DANTAS
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Fragilidade é uma síndrome evitável e reversível sendo caracterizada pela diminuição da força, resistência e função fisiológica, aumentando a vulnerabilidade de um indivíduo ao desenvolvimento de maior dependência e/ou morte. Objetivos: Conhecer a prevalência e fatores associados à fragilidade em idosos assistidos em uma Unidade de Saúde da Família em Rio Branco, Acre. Metodologia: Trata-se um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com idosos de uma Unidade de Saúde da Família. A coleta de dados ocorreu entre março e maio de 2022. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou superior a 60 anos, ambos os sexos e que fossem cadastrados e acompanhados pela Unidade de Saúde; foram excluídos aqueles que possuíam algum diagnósticos prévio de doenças que impedissem a participação nas entrevistas. O processo de amostragem foi por sorteio aleatório. Analisaram-se variáveis demográficas e socioeconômicas, morbidades e o escore da Escala de Fragilidade de Edmonton. A análise estatística foi realizada por meio do programa SPSS. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense n° CAAE 35132820.6.0000.5626. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em duas vias. Resultados: Foram avaliados 148 idosos, destes, 57,4% foram caracterizados como frágeis, 16,9% dos idosos foram classificados como aparentemente vulneráveis e 25,7% da amostra foi categorizada como não apresentando fragilidade. Houve o predomínio do sexo feminino 75,3%. As variáveis associadas à fragilidade foram: idosos longevos, que vivem sem companheiro(a), possuem comorbidades e apresentam sintomas depressivos. Conclusão: Observou-se a alta prevalência de idosos frágeis, o que difere do estudos encontrados na literatura de Fried 6,9% e do estudo FIBRA 9%. Essa alta prevalência pode ocorrer devido ao fato de ser uma síndrome que ainda é pouco investigada. Sendo que aos fazer o rastreio encontrou-se idosos já do estágio de “frágeis”. Nota-se que o processo de envelhecimento surge em condições de saúde, econômica e social desfavoráveis, e, talvez por isso, a prevalência dessa síndrome seja elevada. É de suma importância que a equipe de Atenção Primária à Saúde realize o rastreio da fragilidade, anualmente, a fim de diminuir os desfechos adversos como a institucionalização e a hospitalização, além de reduzir as taxas de morbimortalidade.