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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA DE MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Relatoria:
Nádia Grosso Torres
Autores:
  • Laura Lima Fernandes
  • Bianca Cristina Ciccone Giacon Arruda
  • Mara Cristina Ribeiro Furlan
  • Catchia Hermes Uliana
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) possui origem multicausal, com fatores genéticos, neurológicos e ambientais. Em muitos cenários, a mãe assume o papel principal na maternidade e, com crianças autistas, há um maior envolvimento nos cuidados cotidianos e em tratamentos, resultando em uma sobrecarga física e emocional. Objetivo: Avaliar a sobrecarga de mães de filhos com TEA. Método: Estudo de natureza quantitativa, descritivo e transversal, realizado a partir da coleta de dados de mães de crianças com diagnóstico de TEA, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (4.908.904). No período de setembro a novembro do ano de 2021, foi realizada a coleta de dados, pela plataforma Google forms, com divulgação pelas redes sociais Facebook, Whatsapp, Instagram e Telegram. Coletaram-se 740 respostas, onde 581 atenderam os critérios de inclusão: mães, maiores de 18 anos, que convivem com filho(s) com diagnóstico confirmado de TEA com idade até 19 anos, residentes em um município brasileiro. Consequentemente, os critérios de exclusão foram mães com idade inferior a 18 anos, com diagnóstico de TEA ou com filhos com hipótese diagnóstica de TEA e filhos com TEA com idade superior a 19 anos. Foi utilizado o instrumento Inventário de Sobrecarga do Cuidador (ZBI), composto por 22 questões que avaliam aspectos de saúde, vida social e pessoal, situação financeira, bem-estar emocional e relações interpessoais, com pontuações de 0 a 4. Na análise dos dados a pontuação é classificada em quatro estratos, sendo (A) escores inferiores a 21 em “ausência de sobrecarga”, (B) escores entre 22 e 40 “sobrecarga moderada a leve”, (C) escores entre 41 a 60 “sobrecarga moderada a severa” e (D) escores superiores a 61 “sobrecarga intensa”. Resultados: Na coleta de dados, 39 (6,71%) mães classificaram-se em A, com ausência de sobrecarga, 217 (37,34%) mães encontram-se em B, com sobrecarga moderada a leve, 255 (43,88%) mães apresentam-se em C, sobrecarga moderada a severa e 70 (12,04%) mães manifestam-se em D, com sobrecarga intensa. Os resultados do ZBI indicam a presença de sobrecarga modera a severa na amostra geral, com escore médio de 43 pontos. Conclusão: Nesse viés, pode-se observar que mães de crianças com TEA, em sua maioria, possuem sobrecarga moderada a severa ocasionada por seu protagonismo no cuidar. Assim sendo, apura-se a importância de estratégias de apoio e prevenção de complicações de saúde, física e emocional, oriundas da sobrecarga.