Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ESTRATÉGIAS DE FAMÍLIAS COM CRIANÇAS PORTADORAS DE EPILEPSIA EM RELAÇÃO A INSERÇÃO DESSAS CRIANÇAS NA SOCIEDAD
Relatoria:
Sheila Soares da Silva
Autores:
- RAVÊNYA TALITA SANTOS ARAÚJO LOPES
- Antônia Líria Feitosa Nogueira Alvino
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
A epilepsia é uma doença caracterizada pela excitação anormal das células nervosas, podendo resultar em sintomas variados, dos quais o mais comum é a convulsão. No geral, essa é uma condição bastante comum, podendo afetar crianças, na modalidade de epilepsia infantil. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves (OMS - 2017), ou seja, com necessidade do uso de fármacos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos à intervenção cirúrgica. Já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados pelo Ministério da Saúde, os quais oferecem tratamento e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a esperança de uma qualidade de vida melhor àqueles que sofrem com a doença. As crises epiléticas não afetam apenas a qualidade de vida do doente mais como também a da família. Em algumas partes do mundo, pessoas com epilepsia e suas famílias sofrem com o estigma e a discriminação. Assim, para o portador de epilepsia a família se faz de extrema importância, no momento das crises. Neste estudo, temos como objetivo, conhecer as estratégias de famílias com crianças portadoras de epilepsia em relação a inserção dessas crianças na sociedade. Assim como, apresentar a percepção dessas famílias sobre a doença, além de mostrar a importância da família como suporte no tratamento multidisciplinar dos portadores de epilepsia. Trata-se de uma pesquisa observacional, qualitativa, recorrendo a Tenda do Conto como abordagens subjetivas para coleta de dados. Sendo a Tenda do Conto, um espaço em que o usuário pode ser ouvido e sua história valorizada, ao qual proporcionará a troca de experiências, conceitos e opiniões entre os participantes. Os resultados parciais mostram o quanto a importância da informação sobre o tema é relevante para a família, como no dizer de CRAVO: “Durante a primeira crise minha mãe não sabia o que fazer(...), eu como veterinário fiz na minha irmã o que faria com um paciente meu”. Observa-se acima a relação que ele faz com o medo que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2017), sentimentos como medo, ansiedade, discriminação e estigma social têm cercado a epilepsia há séculos. A partir de relatos como esse, espera-se contribuir com informações pertinentes que possam ajudar famílias de pessoas portadoras de epilepsia, assim como, mostrar a importância do conhecimento sobre a epilepsia para os profissionais da saúde.