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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
INFLUÊNCIA DE MECANISMOS EPIGENÉTICOS NO DESENVOLVIMENTO DA ESQUIZOFRENIA
Relatoria:
Luisa Eduarda Sales Araújo
Autores:
  • Stefany da Silva Doroteu
  • Ana Lívia Pereira de Azevedo
  • Francisca Nellie de Paula Melo
  • Alessandro Aparecido Rodrigues da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A esquizofrenia e outros transtornos psicóticos são condições psiquiátricas altamente debilitantes que carecem de uma etiologia clara e exibem herança poligênica sustentada por genes pleiotrópicos. Estudos apontam para a interação entre genes predisponentes e exposição ambiental. Pesquisas sugerem que a regulação epigenética do genoma pode mediar interações dinâmicas gene-ambiente ao nível molecular, modulando a expressão de fenótipos psiquiátricos por meio de fatores de transcrição. Objetivo: Correlacionar os efeitos de fatores epigenéticos (modificações de histonas, metilação de DNA e microRNA) que podem levar ao desenvolvimento da esquizofrenia. Metodologia: Análise de estudos envolvidos com o tema em questão. As bases de dados utilizadas foram PubMed e ScienceDirect, com os descritores ‘’epigenetics’’, ‘’’esquizofrenia’’ e ‘’methylation’’. Resultados e Discussão: Os estudos de metilação diferencial do DNA até o momento mapearam as principais vias de neurotransmissores. Por exemplo, os promotores dos genes da reelina (RELN) e da descarboxilase do ácido glutâmico (GAD1), componentes da via do ácido ?-aminobutírico-érgico, são hipermetilados na esquizofrenia. Além disso, a via da serotonina também foi implicada, com hipermetilação do promotor do gene do receptor de serotonina tipo 1 (HTR1A). As modificações pós-traducionais (PTMs) das proteínas histonas também têm efeitos significativos na regulação epigenética de distúrbios neuropsiquiátricos e esquizofrenia. Estudos sobre os níveis de histona PTM na esquizofrenia encontraram níveis aumentados da marca de histona repressiva H3K9me2 que foi correlacionada com a idade de início, bem como resistência ao tratamento quando esta posição foi acetilada. Conclusão: Os resultados obtidos demonstraram que alterações na metilação do DNA, assim como a metilação anormal em locais específicos do genoma estão relacionados com o surgimento de esquizofrenia, evidenciando a necessidade de se compreender aspectos epigenéticos que podem auxiliar a realização de diagnósticos precoces e tratamentos potencialmente eficazes.