Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ACESSO DO PÚBLICO DEFICIENTE DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Josemara Barbosa Carneiro
Autores:
- Neucilia Oliveira Silva
- Francisco Jardsom Moura Luzia
- Paula Marciana Pinheiro de Oliveira
- Monaliza Ribeiro Mariano Grimaldi
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
As Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQ's) apresentam precárias condições de saúde, dificuldade no acesso aos serviços de saúde e alto índice de pobreza. Essa situação de vulnerabilidade torna-se ainda mais preocupante quando se pensa nas pessoas com deficiência que residem nessas comunidades, pois diante das restrições específicas em virtude da deficiência, encontram-se com mais limitações. O estudo tem por objetivo descrever a experiência de pesquisa sobre a acessibilidade do Público de Pessoas com Deficiente em comunidades remanescentes de quilombos aos serviços de saúde. Trata-se de um relato de experiência referente aos meses de maio e junho de 2021, sobre pesquisa realizada por acadêmica de enfermagem de iniciação científica em três comunidades quilombolas no interior do Ceará. Para realização do estudo, foi necessário, inicialmente, a autorização dos líderes de cada uma das três CRQ's. As comunidades que fizeram parte do estudo se localizavam distantes dos centros urbanos das cidades, as estradas de acesso a elas se encontravam com baixo estado de conservação, em que alguns trechos não apresentavam calçamento, dificultando a passagem de carros e outros meios de transporte. As casas estavam dispostas, muitas vezes, distantes uma das outras e com trechos ruins entre as residências. No que se refere aos serviços de saúde, todas as três comunidades têm acesso à Unidade Básica de Saúde (UBS), no entanto, a disponibilidade de consultas com os profissionais de saúde, enfermeiros e médicos, ocorrem com baixa frequência e com baixa disponibilidade de fichas para atendimento. Observou-se que as pessoas com deficiência que residiam nessas comunidades não possuíam transporte próprio e sentiam dificuldade em deslocar-se até os serviços de saúde da própria localidade, bem como aqueles que se localizavam em outras cidades. Portanto, foi possível observar que as pessoas com deficiência residentes de CRQ's, possuíam acesso dificultado aos serviços de saúde.