Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA COMO CONDUTA PARA MINIMIZAR VIOLÊNCIAS OBSTÉTRICAS: REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Stefany da Silva Doroteu
Autores:
- Nathália Silvério Cavalcante
- Luisa Eduarda Sales Araújo
- Tainah Lopes de Oliveira
- Rosângela Souza Cavalcante
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A prevenção quaternária é o conjunto de atividades empregadas para identificar pessoas que estejam sob risco de hiper medicalização e reduzir as intervenções desnecessárias ou excessivas a fim de minimizar as iatrogenias. OBJETIVOS: Evidenciar práticas de prevenção quaternária utilizadas na atenção primária à saúde para prevenir a violência obstétrica. METODOLOGIA: O presente artigo trata-se de uma revisão integrativa, sendo utilizado a seguinte base de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo). A revisão orientou-se a partir da seguinte pergunta norteadora: ‘’Quais as ações de prevenção quaternária podem ser desenvolvidas para o combate à violência obstétrica?’’, utilizando os descritores ‘’atenção básica’’, ‘’prevenção quaternária’’ e ‘’violência obstétrica’’ em língua portuguesa dos últimos 5 anos. Foram encontrados 21 artigos, sendo utilizados 3 artigos e excluídos 18 por fugirem do tema proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas instituições de saúde, a violência obstétrica ocorre por meio de abusos verbais e humilhações, agressões físicas, ausência de comunicação e consentimento da parturiente antes da realização de procedimentos, administração de ocitocina sintética, falta de privacidade, recusa em administrar analgésicos para diminuição da dor, negligência durante o parto que pode levar a complicações evitáveis, além da negativa de acompanhante durante o parto. A prevenção quaternária associada à violência obstétrica, destaca três tipos de ações: ações individuais, familiares e comunitárias realizadas na Atenção Primária à Saúde (APS), associadas ao pré-natal; e ações em maior escala (social, política e institucional). Grande parte das parturientes desconhecem seus direitos e as formas de violência obstétrica, o que as deixam vulneráveis a procedimentos desnecessários. Frente a esses fatos, é sugerido, na Atenção Primária à Saúde, a elaboração do Plano de Parto (PP), juntamente com acompanhamento multidisciplinar e ações coletivas e educativas para gestantes, tais como rodas de conversa e debates sobre o parto, procedimentos, direitos, violência obstétrica e sobre as incertezas que podem ocorrer durante o parto. CONCLUSÃO: Deste modo, destaca-se a importância de se realizar práticas humanizadas desde o acompanhamento pré-natal até o puerpério, além de ter-se necessidade de melhorar políticas públicas direcionadas a gestantes para auxiliar os profissionais na prevenção de casos de violência obstétrica.