Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza um nascimento respeitoso, com o mínimo possível de intervenção e com segurança para o binômio. As recomendações para assistência ao parto consistem na mudança de um paradigma, como o resgate da valorização da fisiologia do parto, o incentivo de uma relação de harmonia entre os avanços tecnológicos e a qualidade das relações humanas, além do respeito aos direitos de cidadania. No Brasil, as políticas nacionais de saúde foram incorporadas no século XX, sendo limitada às demandas relativas à gravidez e ao parto. Os movimentos sociais se intensificaram, sobretudo os das feministas, e os debates que denunciavam a precariedade da saúde da mulher, para que pudessem atender seus usuários de forma integral, envolvendo os princípios da igualdade, equidade e universalidade. O movimento feminista iniciou uma série de reivindicações para incorporar às políticas de saúde da mulher questões de gênero, trabalho, desigualdade, sexualidade, anticoncepção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Objetivo: Perceber as representações sociais de enfermeiros obstetras sobre o cuidado à parturiente. Métodos: estudo qualitativo, exploratório-descritivo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais, conforme os princípios de Moscovici. A pesquisa foi realizada de julho 2019 a julho 2020, com enfermeiros obstetras, de um serviço terciário, no município de Fortaleza/CE. Os dados obtidos através dos depoimentos foram organizados e processados no IRAMUTEQ 0.7 alpha 2. Resultados: os enfermeiros ancoraram cuidados de enfermagem as palavras como responsabilidade, afeto, dedicação, empatia, promoção, proteção, reabilitação do indivíduo, coletividade. Conclusões: Os resultados evidenciaram que a Rede Cegonha foi uma importante estratégia no processo de inserção das enfermeiras obstétricas nos hospitais habilitados, estando em concordância com as recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde, porém, ainda não é capaz de mudar cenários de assistência ao parto os enfermeiros utilizam técnicas, procedimentos e tecnologia disponível para alívio da dor das pacientes acompanhadas por elas e representam o cuidado de enfermagem além de uma perspectiva tecnicista do cuidar, agregando elementos de um cuidado humanístico, como atitudes de acolhimento e empatia.