INTRODUÇÃO: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é um incurso problema de saúde pública por se tratar do terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. A prevenção e o controle da neoplasia uterina têm constituído grandes desafios aos serviços e aos profissionais figurando com prioridade nas agendas de saúde, demandando ações estratégicas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer o número de novos casos de CCU esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, é de 16.590, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. OBJETIVO: Analisar o papel do enfermeiro na prevenção e detecção precoce do câncer do colo uterino nas unidades de Atenção Primária à Saúde. METODOLOGIA: Baseou-se em pesquisas bibliográficas, para seu desenvolvimento os critérios de inclusão foram incluídos artigos completos, artigos publicados entre os anos de 2020 a 2022, artigos em inglês, português e espanhol, artigos disponíveis na íntegra, artigos originais que abrangessem os objetivos propostos disponíveis nas plataformas da BDENF - Enfermagem e LILACS. RESULTADOS: O compartilhamento da gestão do cuidado na ABS tem sido a forma de operacionalizar o fortalecimento do nível assistencial no SUS e instituir estratégias da atenção em rede. A garantia de um cuidado integral, regionalizado, longitudinal e contextualizado é a chave para um enfrentamento menos polarizado, com chances de uma transformação mais sólida. No entanto, o compartilhamento do cuidado pode ser mais efetivo à medida que se assume a dialética como dispositivo primordial na atuação dos enfermeiros nos planos de cuidados na prevenção do câncer de colo do útero, e a qualidade da amostra ao exame citológico, que exige um papel fundamental no resultado diagnóstico das suas lesões precursoras. A delonga na análise dos exames e o recebimento do resultado demonstram, dificuldades na acessibilidade organizacional. A agilidade nesse processo é determinante na qualidade da assistência. No caso de o exame apresentar atipias, quanto maior a espera por intervenções, menor é a chance de prognóstico favorável. CONCLUSÃO: Compreende-se que a percepção e compreensão do enfermeiro, é a peça chave no rastreamento das mulheres na faixa etária supracitada, realizando a colheita do material para a análise clínica e atualizando os cadastros para que as mulheres tenham eficaz acompanhamento, tendo como cenário o imprescindível fortalecimento dos desenhos no SUS.