Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CONDIÇÕES DE SAÚDE MENTAL DE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE NO INTERIOR DE MATO GROSSO
Relatoria:
Larissa Cristina Gomes
Autores:
- Alisséia Guimarães Lemes
- Rosa Jacinto Volpato
- Rafaianne Queiroz de Moraes Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A universidade é um espaço que promove o desenvolvimento de vida devido a momentos de transição e mudança na vida do indivíduo. As novas demandas geradas podem ser percebidas como agentes estressores que impactam a saúde dos alunos, os tornando vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais. Objetivos: Avaliar as condições de saúde mental de universitários da área da saúde. Metodologia: Estudo transversal quantitativo, realizado com 109 estudantes da saúde (Educação Física, Enfermagem, Biomedicina e Farmácia) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de Barra do Garças, Mato Grosso. A coleta de dados foi realizada por conveniência de forma online, por meio do autopreenchimento de um questionário semiestruturado contendo questões sociodemográficas, acadêmicas e referente as condições de saúde mental, enviado eletronicamente no período de agosto a setembro de 2021. Os dados foram analisados de forma descritiva. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFMT/CUA, sob parecer Nº 4.526.452. Resultados: Dos universitários participantes do estudo, 31.2% são do curso de Enfermagem, 27.5% de Biomedicina, 22.9% de Educação Física e 18.3% de Farmácia; cursando em sua maioria o 6º (25.9%) e 8º (18.5%) semestres dos cursos e em período integral (81%). Prevaleceu o sexo feminino (78%), com faixa etária entre 18 a 23 anos (71.6%). Quanto as condições de saúde mental, 32.1% possuem histórico de doença mental na família em parentes de 1º grau, 28.4% apresentaram transtorno mental durante a vida, 19.3% atualmente possuem diagnóstico médico de doença mental, 14.7% fazem uso de algum tipo de medicamento psicotrópico de forma contínua e 44.4% fez uso de alguma prática integrativa e complementar para cuidar da saúde mental. Conclusão: Os resultados demonstram presença e predisposição ao desenvolvimento de transtornos mentais entre os universitários. Uma vez que a universidade pode desencadear diversos agentes estressores que afetam diretamente na saúde dos acadêmicos, torna-se necessário a criação de políticas voltadas a saúde mental a essa população, assim como a oferta de serviços pela universidade com acolhimento, acompanhamento, encaminhamento dos casos e atividades preventivas de saúde mental.