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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
AMAZÔNIA E AS DESIGUALDADES SOCIAIS: COMUNIDADE RIBEIRINHA NA CIDADE DA MAIOR USINA HIDRELÉTRICA BRASILEIRA
Relatoria:
Nicolli dos Santos Ferreira
Autores:
  • Benedito do Carmo Gomes Cantão
  • Eunice Lara dos Santos Cunha
  • Aline Santos Oliveira
  • Camila Isabelly França Dias
  • Walace Coelho de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As comunidades ribeirinhas, são reconhecidas politicamente, entretanto, apesar dos amparos legais, ainda vivem expostas a diversos riscos, devido a fatores socioambientais, como a falta de acesso ao saneamento básico, água potável e educação em saúde. O presente artigo aborda as consequências da exclusão social, a partir da realidade precária de saneamento básico e ambiental na comunidade ribeirinha, localizada no município de Tucuruí-PA, bairro Rio Onze – Porto Pesqueiro. Objetivos: Realizar uma análise observacional para verificar os problemas mais nevrálgicos, na localidade em questão, relacionadas às questões de saneamento básico e ambiental, carência de políticas públicas e as possíveis implicações no processo saúde-doença. Método: O estudo é de caráter qualitativo descritivo, de abordagem observacional, uma vez que se registrou informações sobre o espaço geográfico, sem interferência ou manipulação do ambiente. Resultados: Observou-se fatores de exclusão social, devido ao afastamento da população ribeirinha de centros urbanos, por exemplo, da Vila Permanente, bairro adjacente ao Rio Onze, que recebe coleta de lixo diária, esgotamento sanitário adequado e ruas pavimentadas em contraste com a comunidade ribeirinha que vive em condições precárias de saúde com ausência de coletas de resíduos sólidos e esgotamento sanitário, gerando uma desigualdade social. Esses fatores podem levar ao aparecimento de doenças agudas e o acometimento por inúmeras parasitoses, principalmente, às de veiculação hídrica que podem afetar os grupos mais vulneráveis, sobretudo as crianças, que na maioria das vezes não recebem educação em saúde dos pais, provavelmente, por não possuírem conhecimento e o ambiente em que estão inseridas não receber saneamento básico. Conclusão: Nesse sentido, a pesquisa retratou que embora as comunidades ribeirinhas fossem amparadas e reconhecidas pelo Governo Federal, as exposições e vulnerabilidades a constantes riscos geram um fator preocupante. Portanto, evidencia-se a necessidade de políticas públicas, enfatizando a coleta de lixo constante, esgotamento sanitário adequado e a prática de educação em saúde.