Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
SISTEMA DE TREINAMENTO DESENVOLVIDO EM PRONTOS SOCORROS: PERSPECTIVA DOS ENFERMEIROS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA
Relatoria:
Melissa Messias
Autores:
- Marcele Pescuma Capeletti Padula
- Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini
- Vera Lucia Mira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O sistema de treinamento das organizações é constituído por subsistemas que ocupam papéis complementares. O primeiro subsistema é a avaliação de necessidades de treinamento (ANT), sendo que esta se inicia com a definição das fontes que serão utilizadas para o levantamento das necessidades. O subsistema seguinte tem como característica a definição da responsabilidade sobre o planejamento e execução de ações de aprendizagem, devendo envolver idealmente, segundo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), todos os componentes da equipe de enfermagem. O subsistema de avaliação tem o objetivo de aferir a efetividade da ação educativa em termos de aquisição de conhecimentos. Percebendo-se que mesmo após 18 anos da instituição da PNEPS os avanços foram pontuais, o objetivo deste estudo foi verificar se existem diferenças entre os sistemas de treinamento em prontos socorros (PS), segundo o perfil institucional, na perspectiva dos enfermeiros dos Serviços de Educação Continuada (SEC). Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido em dois PS do município de São Paulo, sendo um público e um privado. Foram realizadas entrevistas com os enfermeiros dos SEC, após consentimento informado. Os dados são apresentados de modo descritivo. Verificou-se que em ambos os serviços (público e privado) o sistema de treinamento inicia-se pela ANT a partir de reuniões com chefias/gerentes e análise dos indicadores assistenciais. O PS do hospital público também utiliza os dados fornecidos pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar como fonte para a ANT. Em ambos os serviços, não há participação na ANT dos profissionais atuantes na assistência direta ao paciente. Em relação ao planejamento e execução, o mesmo envolve somente profissionais de nível superior, não havendo participação do técnico/auxiliar de enfermagem. Em ambas as realidades, não há implantação de todas as avaliações para aferir a efetividade da ação educacional, fatores que podem comprometer a aprendizagem. Conclui-se que existem pequenas diferenças entre o sistema de treinamento do PS público em comparação ao privado. Em ambos os serviços, o sistema de treinamento não segue as diretrizes preconizadas pela PNEPS em sua totalidade. Estudos futuros são necessários para auxiliar na implementação de sistemas de treinamento que contemplem todas as diretrizes preconizadas na PNEPS.