Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DE VIABILIDADE DE PLANEJAMENTO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS DE ENFERMAGEM EM PRONTO SOCORRO
Relatoria:
Melissa Messias
Autores:
- Marcele Pescuma Capeletti Padula
- Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini
- Daniele Vieira da Silva
- Vera Lucia Mira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A adequação quantitativa do quadro de profissionais é compreendida como um fator que interfere positivamente na aplicação dos treinamentos na prática sendo uma condição a ser considerada no planejamento de programas educativos para a transferência de conhecimentos, habilidades e atitudes. Em unidades de pronto socorro (PS), essa adequação é ainda mais necessária dada à complexidade assistencial, sendo essencial para o planejamento e implementação de estratégias de treinamento em saúde. Dada a escassez de literatura que aborde essa temática, o objetivo desse estudo foi verificar qual a percepção dos chefes/gerentes de enfermagem de PS quanto à influência do quantitativo de pessoal na viabilidade para implementação de estratégias de treinamento em saúde, segundo o perfil institucional. Por meio de um estudo qualitativo foram entrevistados enfermeiros chefes/gerentes de duas unidades de PS adulto pertencentes a dois hospitais de grande porte na região metropolitana da grande São Paulo: um público e outro privado, mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Por meio de roteiro de entrevista foram feitas perguntas relacionadas ao sistema de treinamento. Foram também analisadas as composições do quadro de pessoal de enfermagem dos dois serviços. Os dados são apresentados de modo descritivo. Verificou-se que o quadro de enfermagem do PS do hospital público conta 41 profissionais (um enfermeiro chefe e 11 assistenciais; 21 técnicos de enfermagem; 8 auxiliares de enfermagem), distribuídos nos quatro plantões. No hospital privado, o quadro era composto por 39 profissionais (2 enfermeiros supervisores e 8 assistenciais; 29 técnicos de enfermagem), com turnos de 6, 8 ou 12 horas. Na percepção dos enfermeiros chefes/gerentes, em ambos os serviços o quadro de profissionais está inadequado quantitativamente, não havendo margem de segurança para cobertura de folgas, faltas e licenças. A insuficiência de profissionais demonstrada nessas realidades constitui-se um dos fatores que prejudicam a viabilidade do planejamento de ações educativas e a transferência do aprendizado para o ambiente de trabalho, segundo a percepção dos enfermeiros chefes/gerentes entrevistados. O quantitativo de profissionais interfere na implementação de estratégias de treinamento em saúde, na percepção de chefes/gerentes de enfermagem, tanto em hospital público quanto privado. Estudos futuros são necessários para explorar os fatores associados com mais profundidade.