INTRODUÇÃO: a transição de gênero emerge como temática que provoca discussões em diversos grupos sociais. A população transgênera carrega um estigma que decorre principalmente da psiquiatrização da transexualidade. A transexualidade pode ser definida como um sentimento intenso de não-pertencimento ao sexo anatomo/biológico, trazendo sentimentos de infelicidade e/ou depressão quanto ao próprio corpo. OBJETIVO: descrever e analisar a aplicação da teoria da adaptação de Callista Roy no processo de transição de gênero. MÉTODO: pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa que envolveu cinco pessoas, mulheres e homens auto declarantes transgêneros, e/ou em processo de transição de gênero. Os dados obtidos foram trabalhados e analisados segundo a técnica de análise temática e de conteúdo e organizadas usando a técnica do discurso do sujeito coletivo. RESULTADOS: o nível de adaptação de uma pessoa é visto em seus estímulos. A partir desses estímulos o indivíduo adotará respostas com respostas adaptativas ou ineficazes através dos mecanismos de enfrentamento. Através do comportamento relacionado aos modos adaptativos, a enfermagem é capaz de identificar de maneira mais eficiente de atuar quanto às respostas ineficazes. CONCLUSÃO: a enfermagem possui vários instrumentos de trabalho que abrangem a forma de cuidar e as teorias de enfermagem vêm nesses instrumentos para teorizar os cuidados de forma cientifica. O transexual em seu processo de transição necessita de um cuidado de enfermagem com sensibilidade, respeito e que leve em consideração que cada indivíduo é diferente do outro, e o modelo de adaptação de Roy estabelece como meta da enfermagem a promoção e adaptação da pessoa nos quatro modos adaptativos, contribuindo assim para a saúde do indivíduo.