Introdução: ainda, que o tratamento de HIV/AIDS seja fornecido gratuitamente para todas pessoas vivendo com HIV há décadas, a não adesão ao tratamento continua a ser um desafio significativo para os serviços de saúde, ainda mais quando o público são adolescentes e jovens. Objetivos: discutir a (in)visibilidade dos adolescentes e jovens desistentes de tratamento de HIV/AIDS no contexto da atenção secundária. Metodologia: relato de experiência acerca das dificuldades enfrentadas por pesquisadoras da Região Sul do Brasil que trabalham com adesão e abandono de tratamento com pacientes adolescentes e jovens com HIV/AIDS no âmbito da atenção secundária. Resultados: a principal justificativa para (in)visibilidade do abandono de tratamento de HIV/AIDS entre adolescentes e jovens pode estar relacionado ao fato do sigilo e anonimato ainda serem presentes, fazendo com que esse público seja “desconhecidos” na atenção primária, sendo assistidos apenas na atenção secundária por meio do serviço de atenção especializada. Percebeu-se que não há transferência de responsabilidade do cuidado entre os serviços de saúde de forma igualitária, uma vez que há falta de conhecimento sobre as reais demandas dos adolescentes e jovens que vivem com HIV/AIDS. Consequentemente, isso pode implicar no abandono do seguimento, aumentando os casos de HIV/AIDS, morbimortalide e gastos públicos. Conclusão: esse contexto pode auxiliar e proporcionar uma reflexão aos gestores, enfermeiros e demais profissionais de saúde no subsídio de estratégias de cuidado, avaliação, planejamento e execução das políticas de saúde para redução do abandono do tratamento do HIV/AIDS entre adolescentes e jovens.