Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
O BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO NA PEDIATRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Maria Eduarda de Araújo Moraes
Autores:
- Pedro Paulo Santos Nunes
- Jefferson de Carvalho Braga
- Amanda Gabriela Travassos Rocha
- Douglas Tiago da Silva Monteiro
- Andressa Tavares Parente
- Milena Silva Simas
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O processo de hospitalização tende a ser um momento de grande estresse para a criança, com as mudanças na rotina e no ambiente. Com isso, a abordagem da equipe de enfermagem é crucial para não transformar esse período em uma experiência traumática. Desse modo, o Brinquedo Terapêutico (BT) surge como um instrumento que auxilia na prestação de cuidados humanizados e é capaz de amenizar as angústias das crianças e de seus acompanhantes diante de procedimentos. Existem 3 classificações de BT: o dramático, que auxilia a externalizar sentimentos; o instrucional, que apresenta as intervenções a serem feitas, de forma lúdica; e o capacitador, que promove e ensina o autocuidado, de acordo com seu poder de compreensão. O uso do BT é, ainda, amparado pela resolução nº 546/2017 do Conselho Federal de Enfermagem, que o torna atribuição da equipe de enfermagem pediátrica. Nesse sentido, o ato de brincar como terapia auxilia na redução da ansiedade, assumindo papel importante no desenvolvimento, na criação de vínculos e na expressão de sentimentos. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada com o uso do brinquedo terapêutico no ambiente pediátrico Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará, desenvolvido a partir da aplicação do BT nas atividades práticas da disciplina de Enfermagem Pediátrica Resultados: A estratégia foi utilizada com crianças a partir de dois anos, durante os procedimentos de curativo de dreno torácico e passagem de sonda nasogástrica, durando de 15 a 20 minutos cada. As crianças adentravam na sala de curativos muito apreensivas e eram recebidas com bonecas que carregavam acessórios adaptados que se assemelhavam aos dispositivos os quais as crianças teriam contato, criando uma aproximação e permitindo o uso da tecnologia durante o procedimento, e, em seguida, usou-se a dramatização para que as crianças pudessem manusear os aparelhos e compreender as etapas de intervenção, reduzindo a ansiedade e o medo, tornando o processo menos estressante. Conclusão: Através da vivência prática, fica clara a efetividade do uso do BT no alívio das emoções das crianças frente às intervenções de enfermagem, bem como indica sua contribuição com a prestação de cuidados, estimulando a criança a ser mais receptiva. Além disso, também evidencia a necessidade de difundir esses conhecimentos e oferecer treinamentos à equipe quanto a sua funcionalidade e utilização adequada.