Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANSIEDADE FRENTE À MORTE EM ESTUDANTES DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Relatoria:
RAYLANE DA SILVA MACHADO
Autores:
- Yslana da Rocha Martins
- Phellype Kayyaã da Luz
- Joaquim Guerra de Oliveira Neto
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A morte é um evento inevitável e está presente constantemente na vivência dos profissionais de saúde, em especial os da equipe de enfermagem, pois são os que mantêm maior proximidade com pacientes que vivenciam a terminalidade. Neste contexto, durante sua formação o estudante de enfermagem está exposto a situações que estão diretamente ligadas a ocorrência de ansiedade, como o contato direto com situações de morte, experiências de sofrimento humano e de seu próprio sofrimento psíquico frente ao sofrimento alheio. Objetivo: analisar a ansiedade frente à morte em estudantes do curso técnico em enfermagem por meio da Death Anxiety Scale (DAS) de Templer (1970). Método: estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, com 50 estudantes de curso técnico em enfermagem. A coleta de dados ocorreu de janeiro a julho de 2021 de forma virtual. A pontuação da DAS pode ser interpretada como 15-35 pontos= baixa; 36-55= moderada e 56-75 = alta ansiedade frente à morte. A interpretação do resultado é que quanto maior a pontuação, maior a ansiedade de morte. Resultados: A maioria dos participantes é do público feminino (84%), católicos (56%), com idade entre 18 e 29 anos (82%). Em relação aos escores obtidos na DAS, o nível de ansiedade frente a morte dos estudantes foi classificado como moderado (M= 46,28; DP=11,63). Os estudantes que participaram de projeto de pesquisa ou extensão sobre tanatologia tiveram escores estatisticamente menores (M = 33,67; DP = 3,79) do que quem não teve (M = 47,08; DP = 11,50) (t(48) = -1,996; p = 0,001). Assim como apresentaram menores valores de ansiedade frente a morte, estudantes que tiveram pacientes que faleceram sob seus cuidados (M = 36,75; DP = 4,65) do que quem não teve (M = 47,11; DP = 11,71) (t(48) = -1,744; p = 0,002); e quem presenciou ou realizou cuidados com o corpo após a morte (M = 33,60; DP = 12,88) do que quem não (M = 47,69; DP = 10,74) (t(48) = -2,357; p = 0,012). Entretanto, os estudantes que cursaram disciplinas e/ou cursos que abordassem cuidados paliativos ou tanatologia não apresentaram diferenças (em comparação com os que não cursaram) em níveis de ansiedade. Conclusão: Os estudantes apresentaram níveis moderados de ansiedade frente a morte. Esses escores foram significativamente menores (baixa ansiedade) nos grupos que tiveram mais vivência prática com aspectos relacionados a morte e ao morrer e os que participaram de projetos de extensão ou pesquisa sobre tanatologia.