Introdução: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município de Juazeiro é carente de leitos de atenção integral especializados em saúde mental e isso contribui para internamentos em Sanatórios. Dentre as possibilidades para contribuição no processo de desinstitucionalização, foi identificado a necessidade da implantação de Serviço Residencial Terapêutico (SRTs), que visa reduzir as internações em hospitais psiquiátricos, incentivar a autonomia, promover o resgate da cidadania e prioriza reinserir estes indivíduos na sociedade, através da reabilitação psicossocial, devendo lotar no máximo dez moradores (SILVA et al, 2022). Objetivo: Relatar a experiencia da implementação de uma SRT no município de Juazeiro-ba, durante a formação em saúde mental. Metodologia: Relato de experiencia que foi vivenciado pelo autor a partir da participação da pós-graduação na modalidade residência em saúde mental da Universidade do Vale do São Francisco e a implementação de um SRT com a ajuda dos estudantes da pós-graduação no ano de 2019 a 2020. Resultados: Após realização de um plano de ação a partir da demanda do município em implantar um serviço de residência terapêutica, a fim de retirar usuários que residiam do Sanatório e melhorar às condições dos usuários com transtornos mentais. No diagnóstico situacional observou-se um elevado número de pessoas com transtornos mentais que residiam no Sanatório e baseando-se nessa problemática foram selecionados alguns nós críticos: dependência medicamentosa dos pacientes; baixa inclusão social dos pacientes com transtornos mentais; falta de conhecimento dos familiares sobre o internamento desses pacientes; pouca adesão desses usuários aos serviços substitutos como CAPS. Após, foi propostas as seguintes ações de enfrentamento: implementação de um serviço de residência terapêutico na cidade e criação de estratégias para propor um tratamento adequado, além de inclusão dos moradores na sociedade, promoção de lazer, cuidado integral, entre outros. Conclusão: Acredita-se que a construção do SRT tipo II foi benéfico para o município, uma vez que visou seus princípios de ressocialização, autonomia do sujeito, possibilitando uma nova trajetória de cuidados desses usuários na comunidade. Durante a residência em saúde mental foi possível aprender todo processo em prol da construção de uma unidade de SRT. SILVA, O. L. G. et al. A atuação da enfermagem nos serviços de residência terapêutica. Enfermagem Brasil, v. 21, n. 1, p.43-57, 2022.