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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
PERCEPÇÃO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO BÁSICA ACERCA DA SAÚDE MENTAL DOS ADOLESCENTES
Relatoria:
CLAUDIA MARA DE MELO TAVARES
Autores:
  • MARCELLE IGNÁCIO REBELLO
  • Aline Dias Gomes
  • Marilei Tavares e Souza
  • Laís Mariano de Paiva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A atenção adequada à Saúde Mental dos adolescentes é um assunto que precisa ser enfrentado pelos serviços de saúde. No Brasil, estudos têm indicado a importância da qualificação da Atenção Básica (AB) para detecção de necessidades e acompanhamento dos adolescentes com problemas de saúde mental. As práticas relacionadas a saúde mental dos adolescentes nesses serviços ainda são reduzidas e os enfermeiros podem contribuir para identificar demandas, qualificar ações e potencializar fluxos de atenção. No entanto, percebe-se a existência de dificuldades para concretizarem ações de enfermagem em saúde mental na AB. Diante desse contexto indagamos: Como os enfermeiros percebem as demandas de saúde mental dos adolescentes? Que fatores interferem no atendimento desta população? Objetivos: Analisar percepções dos enfermeiros sobre as demandas de saúde mental dos adolescentes nos serviços da Atenção Básica e identificar os fatores impeditivos para o adequado atendimento desta população. Metodologia: Pesquisa descritiva, realizada com 15 enfermeiras da AB do município de Niterói no ano de 2021. Os dados foram obtidos por meio de formulário com perguntas semiestruturadas e analisados por meio da técnica de análise estatística simples e análise temática de conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Os enfermeiros percebem vários problemas emocionais nos adolescentes que procuram o serviço – conflitos familiares (81,8%); depressão, tristeza e ansiedade (72, 7%); alterações do humor (50%) e angústia (45,5%). Tiveram que lidar na unidade com tentativas de suicídio (68,2%); auto-agressividade (59,1%); isolamento ou retração persistente (45,5%) e uso abusivo agudo de drogas (40,9%). Descrevem como principais fatores impeditivos do atendimento: sobrecarga de trabalho; ausência de treinamento em saúde mental; desconhecimento e ou fragilidade da rede de atenção em saúde mental e foco de trabalho em programas estratégicos de saúde. Conclusão: Constatou-se que embora os enfermeiros percebam as demandas de saúde mental do adolescente na AB, não atendem adequadamente a elas. As atividades na UB para esse grupo estão direcionadas a sexualidade e a prevenção da gravidez precoce. A sobrecarga de trabalho e a falta de capacitação são os principais fatores apontados como impeditivo da atenção à saúde mental do adolescente.