INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma tecnologia que auxilia na organização do trabalho da equipe de enfermagem, com sustentação teórico-filosófica, possibilitando a instrumentalização do Processo de Enfermagem (PE) e a autonomia do enfermeiro, aperfeiçoando a interação paciente-profissional e facilitando a obtenção de dados necessários para montar o plano de cuidado individualizado. A gestação é um fenômeno fisiológico, influenciado por princípios éticos, morais e religiosos, bem como perspectivas futuras, dependentes da qualidade e quantidades das informações e amparo disponibilizado à gestante. OBJETIVO: Analisar os desafios da interação cliente-profissional, mediada pela SAE, durante o período gestacional. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento de publicações indexadas nas bases de dados LILACS- Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e SCIELO- (Scientific Electronic Library Online), publicados nos anos de 2018 e 2022, disponíveis na íntegra com os descritores: "Sistematização da Assistência de Enfermagem”, "Comunicação", “Gestantes”. De todos os 15 artigos em português, apenas 1 tratava diretamente do objeto em estudo. RESULTADOS: Observou-se que estudos que relacionam a SAE como tecnologia de comunicação para o empoderamento e autonomia no plano de cuidado e seus desafios e impactos sobre o binômio mãe-filho ainda são escassos, mesmo com um número considerável de publicações sobre o fenômeno da assistência de enfermagem a paciente gestante. Destaca-se como fatores agravantes para a não implementação o número reduzido de profissionais, sobrecarga trabalhista, desconhecimento funcional da SAE e da operacionalização do PE pelo profissional enfermeiro. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que a aplicabilidade da SAE, seus desafios e impactos na relação paciente-profissional durante o período gestacional não são objetos específicos de pesquisas. Essa realidade pode impactar na forma de atendimento à gestante, bem como no aumento da vulnerabilidade do binômio mãe-bebê. Portanto, faz-se necessário conhecer a tecnologia para implementá-la e desenvolver medidas efetivas direcionadas ao ambiente e processo de trabalho, garantindo uma qualidade maior à assistência e colaborando para a diminuição e a supressão de atos de negligenciais, imperícia e imprudência.