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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
TECNOLOGIAS SOCIAIS E AFETIVAS EM SAÚDE MENTAL NO CAMPO DA FORMAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM
Relatoria:
Nicolas Nunes
Autores:
  • Raquel Martins Macedo
  • Rafael Ayres de Queiroz
  • Paulo Victor Monteiro
  • Iasmin Costa dos Santos
  • Matheus Farias Teixeira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 800 mil pessoas morrem por suicídio ao ano, dado que prevalece como segunda causa de morte entre jovens com idade de 15 e 29 anos. Os altos índices de sofrimento psíquico se mostram inversamente proporcionais à oferta de políticas públicas que usem, de forma ampla, tecnologia socioafetiva construtora de novas possibilidades diante do vivido. Considerando a relevância do tema, objetiva-se com o estudo relatar práticas escolares desenvolvidas durante a campanha do Setembro Amarelo realizadas pelos alunos do curso Técnico de Enfermagem de uma Escola Estadual de Educação Profissional de Fortaleza/Ce. Como método, o trabalho apresenta caráter descritivo, com abordagem qualitativa, em que o uso de tecnologias leves foi empregado como estratégia de comunicação e efetivação de escuta, vínculo e acolhimento no ambiente escolar. Constatou-se com o trabalho que a realização de práticas humanizadas possibilita maior confiança para a expressão de sentimentos e sensações nos envolvidos favorecendo, assim, a percepção de possíveis indicadores relacionados às práticas suicidas entre os discentes. Considerando a formação técnica profissional em Enfermagem, o desenvolvimento de práticas de cuidar para a prevenção do suicídio fortaleceu o perfil mais humanizado para uma assistência de maior qualidade baseado na escuta e no planejamento de ações mais acolhedoras e construtoras de vínculo. Percebe-se que o uso de tecnologias de ensino que envolva o social e a afetividade contribui para a flexibilidade do diálogo e, portanto, para uma atenção mais direcionada, além de melhor a conscientização sobre a prevenção do suicídio frente ao estigma social que a temática causa. Fica claro que reforçar o fazer ético e político em saúde mental na formação dos futuros profissionais da saúde, implementando tecnologias que efetivam práticas cuidadoras para a prevenção da ideação da morte, é um instrumento importante para uma atuação baseada na escuta e humanização, em que o contexto educacional se mostra um ambiente favorável para práticas coletivas, experimentando o planejamento e a efetivação de estratégias articuladas com o foco em práticas sociais mais afetivas, resolutivas e integrais em saúde mental.