A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma das principais complicações identificadas nos pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva; necessitando da hemodiálise como forma alternativa para a manutenção da vida. Esta pesquisa objetivou-se descrever o perfil do paciente idoso que demanda hemodiálise durante a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), visando descrever as intervenções terapêuticas realizadas capazes de produzir efeitos nefrotóxicos. Trata-se de um estudo documental prospectivo de abordagem quantitativa, desenvolvido na cidade de Mossoró-RN. Incluindo pacientes internados em UTI submetidos à hemodiálise. Excluindo pacientes com diagnóstico prévio de DRC. A coleta de dados foi realizada de janeiro de 2020 a junho de 2022. A população amostral total foi N=83. Sendo 55.45% do sexo masculino e 44.57% feminino, com a média de faixa etária de 74 anos, tempo médio de internação de 27 dias, possuindo como principais motivos de internação, Agravos Cardiovascular (36.15%), Agravos Infecciosos (20.48%) e Agravos Respiratórios (7.23%). As comorbidades mais prevalentes foram a HAS (72.50%), DM (56,62%) e Cardiopatia (54.22%), os quais a maioria fez uso de VM (54.21%) e drogas vasoativas (87.95). Quanto à função renal, utilizou-se os critérios de RIFLE para determinar a o tipo de lesão renal aguda, sendo a Failure (n=47; 56.62%), Injury (n=19; 22.89%); Risk (n=4, 4.81%) e Loss (n=14, 16.86%), obtiveram uma média de 8 sessões de hemodiálise; e um desfecho de Alta (26.50%) ou Óbito (73.50%). Concluiu-se que o paciente idoso possui uma grande probabilidade de desenvolver a IRA, devido a presença de comorbidades prévias, idade avançada, bem como o conjunto de intervenções realizadas durante a estadia do mesmo na UTI contribuem para o agravamento da função renal.