Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
CESARIANAS EM ADOLESCENTES FEIJOENSES SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON
Relatoria:
Robson José Lima da Silva Filho
Autores:
- Carla Evangelista de Araújo
- Cicero Francalino da Rocha
- Maria José Francalino da Rocha Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A classificação de Robson foi sugerida em 2015 pela Organização Mundial de Saúde como ferramenta padrão para avaliar, monitorar e comparar ao longo do tempo as cesáreas realizadas em um mesmo hospital ou em diferentes hospitais e, no Brasil, essas taxas em adolescentes são superiores a 15% que, segundo o órgão não representa melhores desfechos materno-fetais. Objetivo: Descrever as taxas de cesarianas em adolescentes residentes no município de Feijó, no estado do Acre, utilizando o sistema de classificação de Robson. Método: Estudo descritivo e retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado com dados secundários disponíveis no Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SINASC). A amostra do estudo é representada por 249 adolescentes submetidas a cesariana no período de 2014 a 2018. Para organizar as informações foi utilizado o Microsoft Office Excel 2019, Microsoft Office Word 2019 e Epi Info 7.2.0.1. O estudo encontra-se em conformidade com as resoluções 466/2012 e 510/2016.Resultados: Adolescentes submetidas a cesárea em sua maioria era do grupo etário 15 a 19 anos (91,6%) pardas (80,0%), com companheiro (54,6%), ensino fundamental completo ou incompleto (57,4%), nulíparas (52,2%), ausência de cesárea prévia (46,6%), feto único (96,8%), gestação a termo (81,0%), cefálico (83,9%) e em trabalho de parto espontâneo (74,7%). A população obstétrica foi representada por multíparas com feto único, cefálico, a termo, em trabalho de parto espontâneo (28,7%). A taxa de cesariana geral para o município foi de 20,1%. Ao descrever por Grupo de Robson as maiores taxas foram verificadas no G5 (81,7%) e G2 (37,3%). Os maiores contribuidores para a taxa geral de cesariana foram: G1 (28,1%) e G5 (26,9%), em contrapartida os que menos contribuíram foram G4 (0,8%) e G3 (1,2%). No período avaliado verificou-se em 2016 a maior taxa global de cesarianas (23,8%), seguido de 2015 (23,6%). Conclusão: Os resultados reforçam a necessidade de medidas que diminuam a realização de cesáreas sem indicação clínica, sobretudo em adolescentes que compõe os grupos com menor expectativa de cesariana, com destaque ao G1.