O SARS-CoV-2 é um Betacoronavírus com alta patogenicidade, causa a doença conhecida como COVID-19, sendo configurada como a maior pandemia do século XXI. Por ser a maior categoria dentro da área da saúde, os profissionais de enfermagem foram amplamente acometidos. Até o dia 27 de maio 2022, a quantidade de profissionais de enfermagem no Brasil acometidos pelo vírus do COVID-19 foi 63.487 e causou 872 óbitos. O presente estudo teve como objetivo compreender as manifestações psicossociais em profissionais da enfermagem durante a pandemia do COVID-19. O método utilizado foi a Revisão Integrativa, incluindo-se artigos das bases cientificas BVS e SCIELO que foram publicados na integra, entre os anos de 2019 e 2021. A busca foi realizada por meio dos descritores: Enfermagem; COVID-19; Pandemias; Risco a Saúde Humana; Qualidade de vida; Profissionais de Saúde, intercalados com o operador booleano AND. Os artigos analisados evidenciaram que os profissionais de enfermagem, no decorrer da pandemia do COVID-19, demostraram disfunções psicológicas como: ansiedade, depressão, esgotamento físico, medo, raiva, preocupação, sentimento de impotência, transtorno de estresse pós-traumático, alteração no sono e apetite, pânico, comportamento suicida e irritabilidade. Por estar lidando com um cenário até então desconhecido, tais sentimentos foram gerados pela alta demanda de pacientes acometidos por COVID-19 com médio a alto risco de gravidade, carga horária extensa e condições de trabalhos insalubres com indisponibilidade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), além da falta de profissionais preparados para o combate à doença, sem contar com um tratamento efetivo para a mesma. O fato de estar trabalhando com vírus desconhecido revelou a vulnerabilidade psíquica do profissional, pois o medo da contaminação e perda de amigos, familiares e pacientes em tratamento se tornou constante, mas mesmo diante de tantos desafios os profissionais de enfermagem se mantiveram firmes na linha de frente, atuando com responsabilidade moral e profissional. Sugere-se que para que a categoria possa ter uma maior qualidade de trabalho, deve-se implementar educação continuada para lidar com esses tipos de situações e que haja apoio no ambiente de trabalho, com cuidados para a saúde mental do profissional.