Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
DIFICULDADES DO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO CUIDADO DA PESSOA SURDA EM TEMPOS DE PANDEMIA: Relato de Experiência
Relatoria:
ANTONIA MARIA FERREIRA DE SOUZA
Autores:
- DYEGO OLIVEIRA VENÂNCIO
- RODRIGO CASTRO SAMPAIO
- BARBARA NOGUEIRA REBOUÇAS PARENTE
- CAROLINE DANTAS DOS SANTOS
- ISABELA MELO BONFIM
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A crise global do Novo Coronavírus (COVID 19) tem aprofundado desigualdades pré-existentes no mundo, além de evidenciar a vulnerabilidade de pessoas com deficiência, entre elas as surdas. No processo de comunicação entre paciente e profissionais de saúde é necessário existir eficiência para possibilitar humanização e atendimento personalizado conforme as demandas da pessoa que recebe a assistência. No entanto, as barreiras de comunicação podem ocasionar risco, em diversas situações e dificultar o atendimento adequado, o qual é essencial para a qualidade dos serviços de saúde. A dificuldade de comunicação pela falta de uma língua em comum, além do desconhecimento dos profissionais sobre as formas de facilitar a comunicação ou não conhecer a língua de sinais e as particularidades da escrita da língua majoritária por pessoas surdas, impacta no diagnóstico, podendo até mesmo acarretar equívocos no tratamento das doenças, principalmente quando a barreira de comunicação é o uso obrigatório de máscara por conta das medidas preventivas sugeridas pela OMS, como uma das formas de proteção contra o Novo Coronavírus. OBJETIVO: Descrever um relato de experiência sobre as dificuldades dos profissionais de saúde no cuidado a pessoa surda durante a pandemia Covid 19. METODOLOGIA: Trata-se do relato de experiência sobre as dificuldades de comunicação do profissional de saúde a pessoa portadora de deficiência auditiva internada no mês maio de 2021. RESULTADOS: As dificuldades de comunicação aos surdos internados neste período destacaram-se: comunicação prejudicada, déficit na formação de recursos humanos, infraestrutura inadequada, incerteza com relação aos cuidados em saúde prescritos na consulta e prejuízo da autonomia do paciente. Para a comunicação utiliza-se métodos e estratégias tais como a escrita, libras, interprete ou acompanhante. Para minimizar a problemática supracitadas, foi liberado acompanhante/familiar para facilitar a atendimento ao paciente. Vale ressaltar que durante o atendimento de saúde o acompanhante/familiar ou interprete é regulamentado pela Lei de nº 10.436, de 24 de abril de 2002 e todas as medidas preconizadas pela OMS em relação a Covid 19 foram atendidas. CONCLUSÃO: Faz-se necessário que a assistência aos surdos seja abordada desde a graduação, para sensibilizar e preparar os profissionais para uma assistência adequada, integral e humanizada.