INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo vírus sarsCOV-2 afetou significativamente os sistemas de saúde, principalmente devido a sua alta capacidade de transmissão e grande taxa de mortalidade. Portanto, conhecer o perfil da população acometida é fundamental para o planejamento de ações preventivas. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de covid-19 no paraná entre março e dezembro de 2020. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, descritivo, realizado a partir dos casos de covid-19 notificados no estado do Paraná dentre os meses de março e dezembro de 2020, disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. As variáveis foram: idade, sexo, comorbidades, local da notificação e número de óbitos. Os dados foram tabulados pelo Software Excel 2016, aplicando-se cálculos de estatística descritiva. Por usar dados secundários e de acesso público, dispensou-se parecer de comitê de ética. RESULTADOS: No período, notificou-se no Paraná 413.412 casos da doença, dos quais 98.718 (23,9%) estavam em isolamento, 305.194 (73,8%) se recuperaram, 1.588 (0,4%) estavam internados e 7.912 (1,9%) evoluíram a óbito. A taxa de incidência no estado ficou em 35.646,6 casos a cada 1.000.000/h e a mortalidade foi de 682,2. Dos casos confirmados, 220.297 (53%) eram do sexo feminino e 193,112 (47%) do sexo masculino, havendo prevalência da idade entre 30-39 anos, com 93.565 (22,6%) dos casos. Acerca do local de procedência das notificações, a maioria dos casos foi diagnosticado na regional de saúde (RS) Metropolitana com 144.084 casos (34,9%). Quanto aos óbitos, 4665 (59%) eram do sexo masculino e 3.247 (41%) do sexo feminino, com idade entre 70-79 anos, com 2.167 (27,4%) das mortes, ocorrendo principalmente na regional de saúde metropolitana 3.528 (44,6%). As principais comorbidades foram: idade avançada 5.482 (76,38%); doença cardiovascular 3.408 (47,49%) e diabetes 2.325 (32,40%). CONCLUSÃO: Com base nos dados obtidos, observou-se uma predominância de casos confirmados entre mulheres de 30 a 39 anos, e maior número de óbitos entre homens de 70 a 79 anos, ocorrendo principalmente na regional de saúde de maior densidade populacional, tendo como principal comorbidade a idade avançada. Desta forma, destaca-se a importância do conhecimento do perfil epidemiológico dos pacientes, afim de auxiliar os profissionais na construção de medidas preventivas e no desenvolvimento de estratégias que contribuam para o controle dos casos e para a qualificação das práticas terapêuticas.