Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA NO NORTE DE MINAS GERAIS
Relatoria:
Thamires Pereira Antunes
Autores:
- Mirian Ester Gomes Fonseca
- Jhenifer Crisley Bicalho Santos
- Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde define como morte materna a que ocorre durante a gestação ou em um período de 42 dias após o término desta, devido a qualquer causa relacionada com a gravidez ou por medidas em relação a ela, à exceção das causas acidentais. A morte materna é classificada de duas formas: causas indiretas e as diretas. A primeira é decorrente de doenças preexistentes que são desenvolvidas anterior à gestação ou de doenças, as quais surgiram durante o período gestacional e que se agravaram por conta das mudanças fisiológicas. Já as causas diretas estão relacionadas com as intervenções, omissões ou tratamentos inadequados. Assim, estudar o perfil das mortes maternas contribui para conhecer o panorama das condições de saúde, bem como para planejar estratégias de assistência e gestão. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico de mortes maternas no norte de Minas Gerais no período de 2016 a 2020 com base em dados retirados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, baseado em dados secundários, cujas informações utilizadas provêm do DATASUS. RESULTADOS: De acordo com a análise dos dados, ocorreram 56 óbitos maternos no intervalo de cinco anos (2016-2020). Observou-se que o maior número foi no ano de 2020 com 23 (23,2%), além de que as faixas etárias com maiores índices de mortalidade estão entre 30 a 39 anos com 23 (41%). Segundo observação da variável cor/raça, houve destaque dos casos com 36 (64,2%) dos óbitos maternos na cor/raça parda e em relação à escolaridade materna, destacou-se as que tinham de 8 a 11 anos de estudo. No que diz respeito ao estado civil, predominou o registro de óbitos em mulheres casadas 25 (44,7%) óbitos. Pode-se constatar que no período analisado, o maior número de óbitos maternos ocorreu no ambiente hospitalar 53 (94,7%). Acerca, do tipo de causa obstétrica do óbito materno, houve prevalência da morte materna obstétrica direta, com 46(82,2%) dos óbitos maternos. CONCLUSÃO: Portanto, a análise de óbitos maternos, é de extrema relevância para investigação dos serviços de saúde disponibilizados durante o período gravídico para que haja a implantação de ações que visem a redução da mortalidade, melhoria da assistência, buscando a qualidade dos serviços de saúde à gestação e profissionais preparados para o cuidado frente a complicações obstétricas.