Introdução: As Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT) compreendem um grupo de doenças que possuem diversos fatores de risco relacionados com a situação de vida das pessoas e representam as principais causas de morte no Brasil. Um dos objetivos traçados para o combate às DCNT resulta na diminuição dos fatores de risco modificáveis ligados a essas doenças. Nesse sentido, a promoção da saúde é uma prática da Atenção Básica que tem como objetivo promover uma diminuição da vulnerabilidade desses usuários através do estímulo da mudança de hábitos, sendo a educação em saúde uma ferramenta eficaz para o alcance dessas mudanças, resultando em um aumento na qualidade de vida. Objetivo: Relatar a experiência das atividades educativas do grupo de promoção da saúde de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) no município de Caicó, Rio Grande do Norte. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca de ações educativas realizadas com o grupo “Viver mais”, sendo este voltado para promoção da saúde de usuários com DCNT adscritos a UBSF. As ações foram realizadas no período de março de 2019 a fevereiro de 2020, sendo conduzidas por alunos da Residência Multiprofissional em Atenção Básica e pela equipe da UBSF, e tendo a participação de usuários. Nesse período, foram trabalhadas temáticas planejadas conjuntamente com os usuários, como: alimentação saudável, prevenção de quedas, manejo da ansiedade, imunização, entre outros, além de comemorações de datas festivas. Como métodos, foram utilizadas rodas de conversa, oficinas, práticas de artesanato, jogos de estimulação da memória, além de exercícios de relaxamento e alongamento. Resultados: Percebeu-se que os usuários foram participativos e ativos, em sua maioria, tanto no planejamento quanto durante as atividades; houve relatos sobre a melhoria na qualidade de vida, sensação de importância pessoal e busca por mudanças de hábitos. Ressalta-se, ainda, que houve aumento na adesão de participantes da comunidade ao longo do período observado. Conclusão: Compreende-se, dessa forma, que os grupos se constituem como uma importante ferramenta de promoção da saúde, empoderamento e socialização dos usuários, sobretudo no contexto da Atenção Básica.