INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas e parasitárias representam um problema de saúde pública mundial, tendo em vista que constituem percentual significativo das causas de morbidade e morbimortalidade. São doenças causadas por agentes infecciosos específicos, ocorrendo a transmissão do agente ou dos seus produtos de uma pessoa, animal ou reservatório infectado para um hospedeiro susceptível. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de doenças infecciosas e parasitárias de notificação compulsória nas Redes de Atenção à Saúde do município de Quixadá, nos anos de 2014 a 2018. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e de abordagem quantitativa. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2019, por meio do banco de dados do SINAN. Os dados coletados foram inseridos em banco de dados do programa Excel, analisados pelo Programa Epi Info 7.0 e apresentados em forma de gráficos e tabelas. RESULTADOS: Foram identificadas doze doenças infecciosas e parasitárias mais prevalentes no município, divididas e classificadas em: Doenças infecciosas e parasitárias de transmissão vetorial, Doenças infecciosas e parasitárias de transmissão respiratória e Doenças infecciosas e parasitárias de transmissão sexual e vertical. As doenças infecciosas e parasitárias de transmissão vetorial identificadas foram Chikungunya e Dengue, com um perfil sócio demográfico predominante do sexo feminino, cor/raça parda, faixa etária de 21 a 30 anos e zona urbana, com 51,1% dos casos atendidos na Unidade de Pronto Atendimento. As de transmissão respiratória foram Coqueluche, Hanseníase, Influenza, Meningite e Tuberculose, com um perfil sócio demográfico predominante do sexo masculino, cor/raça parda, extremos de idade e zona urbana, sendo estes atendidos na Unidade Básica de Saúde (75,7%). As de transmissão sexual e vertical prevalentes foram HIV/Aids, HIV em Gestante, Hepatite B, Sífilis em Gestante e Sífilis Congênita, tendo um perfil sócio demográfico predominante do sexo feminino, cor/raça parda, faixa etária de 21 a 30 anos, exceto sífilis congênita, de 0 a 10 anos, e hepatite, acometendo o público adulto, e zona urbana, sendo principalmente atendidas na maternidade (79,6%). CONCLUSÃO: Embora a notificação seja compulsória, a mesma nem sempre é completa, o que compromete a avaliação dos dados. Vale ressaltar a necessidade de sensibilizar os profissionais para o preenchimento completo, para a qualidade da informação e implementação de políticas públicas.