Introdução: O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até o sexto mês é suficiente para suprir as necessidades do bebê, principalmente quando se trata dos prematuros, visto que promove o crescimento e desenvolvimento saudável. Todavia, apesar dos diversos benefícios para o binômio mãe-filho, há uma prevalência do desmame precoce, no qual acarreta elevada vulnerabilidade de agravos à saúde da criança. Objetivo: Apontar os fatores relacionados ao desmame precoce em recém-nascidos prematuros. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, que utilizou como fonte de coleta as bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS, BDENF, Science Direct, SCOPUS e Embase, em junho de 2022. Realizou-se a busca com os descritores e operador booleano AND: Aleitamento Materno, Desmame e Recém-Nascido Prematuro em português e inglês. Incluíram-se estudos originais dos últimos 5 anos. Encontrou-se 88 artigos e, após a exclusão dos estudos que não contemplaram os critérios de elegibilidade, duplicados e que não abarcava o objetivo, 9 artigos compuseram a amostra final. Resultados: Os fatores relacionados ao desmame precoce englobam a idade da puérpera, prematuridade do neonato, acompanhamento da equipe multiprofissional pós alta hospitalar, situação socioeconômica, déficit de conhecimento, influência sociocultural, escolaridade, falta de diretrizes relacionadas à alimentação do RN prematuro, além da imaturidade dos órgãos, dificuldade de ingestão e alta demanda de nutrientes. Dentre estes, destacam-se as causas de ordem cultural e educacional atreladas às alegações na redução do leite materno (LM) e incapacidade de nutrir a criança por possuir leite fraco. Conclusões: A deficiência no conhecimento da puérpera e na rede de serviço de saúde após alta hospitalar são fatores que corroboram para que as mães, em especial as primíparas, recorram ao saber popular e cultural de sua rede de apoio, visto que a situação de insegurança, baixo domínio sobre as técnicas, dificuldades de ingestão e alta demanda de nutrientes do bebê contribuem para o desmame precoce dos recém-nascidos prematuros. Destarte, torna-se essencial o acompanhamento após a alta hospitalar por parte do enfermeiro, a fim de informatizar sobre o processo de amamentação e consolidar os saberes, promovendo assim o AME.