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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
TERRITORIALIZAR: A OFICINA DE TERRITORIALIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO LOCAL EM SAÚDE
Relatoria:
Sandy Souza do Amaral
Autores:
  • Karolyne Lopes Costa
  • Maria Alyne Lima dos Santos
  • Emanuela Sousa dos Santos
  • Larissa Silva Carvalho
  • Michelle Karoline Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
A Política Nacional de Atenção Básica define o território como uma unidade geográfica que tem a capacidade de trabalhar de forma descentralizada do Sistema Único de Saúde (SUS), utilizando métodos para promover a saúde, proteger, recuperar e reabilitar o cidadão. Esse estudo tem como objetivo descrever as experiências de uma oficina de territorialização no diagnóstico local em saúde. Trata-se de um relato de experiência com caráter descritivo e abordagem qualitativa. A oficina “Papo SUS” foi realizada em abril de 2022 no Centro Cultural de uma cidade no interior do Ceará. A região é integrante do território atendido pela unidade de atenção primária à saúde de atuação da residência multiprofissional em saúde. A metodologia do encontro foi dividida em três momentos: acolhida, momento principal e finalização, utilizou-se eixos de discussão para guiar o debate, sendo eles: trabalho, segurança pública, educação, saúde e lazer. Para dinamizar o momento, foi organizada uma pescaria de palavras para cada eixo, escritas em figuras marinhas presentes no cotidiano da comunidade. A oficina foi elaborada baseada na principal forma de renda dos participantes, a pesca. Esse reconhecimento ocorreu através de um contato anterior realizado na comunidade através de diários de campos e visitas a líderes comunitários, proporcionando uma aproximação com a realidade local. Os questionamentos e debates levantados pela comunidade permearam todo o espaço de socialização de forma ativa e dinâmica, dessa forma, compreendeu-se que as condições de vida, de trabalho, de segurança que envolve uma população reporta a agentes que interferem diretamente no processo saúde/doença. Para os mediadores, elencar potencialidades, fragilidades, barreiras de acesso e de comunicação favoreceu para consolidar um processo de trabalho baseado nas demandas e particularidades específicas dessa população. Todas essas informações constituíram o diagnóstico local, onde a equipe estrategicamente pode programar suas ações de saúde e, posteriormente, assimilar os impactos dessas no determinantes de saúde. Essa vivência contribuiu de forma efetiva para a construção profissional da equipe multiprofissional, além de promover um espaço dialético e horizontal entre os residentes e a comunidade. O profissional deve atuar na perspectiva interdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, assim como desenvolver atividades que contribuam na consolidação das inovações em saúde.