LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
GRAVIDEZ ECTÓPICA ABDOMINAL GEMELAR UNILATERAL: RELATO DE CASO
Relatoria:
Cicera Brena Calixto Sousa Borges
Autores:
  • Vanessa da Frota Santos
  • Erika Verissimo Dias Sousa
  • Reginaldo Soares Lima
  • Livia de Paulo Pereira
  • Elaine Meireles Castro Maia
  • Ana Cristina Lima Rodrigues
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
INTRODUÇÃO:A gestação abdominal consiste em evento raro na obstetrícia, principalmente quando progride com feto vivo e viável até o seu nascimento. Nesses casos, a morbimortalidade materna é elevada, constituindo um grande risco para o binômio.OBJETIVO: Relatar o caso de uma gravidez ectópica abdominal gemelar unilateral.MÉTODO: Estudo de caso, realizado em uma maternidade de referência do estado do Ceará, em junho de 2022, com uma gestante com diagnóstico gravidez ectópica abdominal gemelar unilateral. Os dados foram coletados no prontuário, sendo respeitados os princípios éticos de acordo com a resolução 466/2012 e aprovado pelo comitê de ética sob protocolo: 1.899.089. RESULTADOS: M.L.S, 41 anos. Primigesta, IG:36s, gestação gemelar, deu entrada nesta maternidade em período expulsivo, evoluindo para parto vaginal de concepto vivo com boa vitalidade, logo após chegada ao Centro Obstétrico. Posteriormente a mesma foi encaminhada ao Centro Cirúrgico por suspeita de apresentação fetal anômala (RNII). No intra-operatório foi identificada gestação abdominal com feto em cavidade e implantação placentária em parede abdominal anterior, anexo direito em alças intestinais. Útero íntegro, sem sinais de ruptura uterina ou acretismo placentário. Identificada laceração de 1º Grau de difícil hemostasia. Ainda no intra-operatório, paciente apresentou hemorragia, o que resultou na administração de ácido tranexâmico, ocitocina, maleato de ergometrina, além de transfusão de um concentrado de hemácias, conforme Protocolo de Hemorragia Pós-parto da instituição. Diante a gravidade, foi necessária anestesia geral, ventilação mecânica, uso de droga vasoativa e cateterismo vesical, seguido por internação em UTI. Paciente seguiu em acompanhamento multiprofissional, durante dez dias de internação, mantendo boa evolução clínica. O apoio e incentivo da equipe de enfermagem foi essencial para a construção da autonomia dessa mãe, que permaneceu com seus bebês em Alojamento Conjunto até sua alta hospitalar, o que possibilitou a amamentação eficaz e certamente o fortalecimento do vínculo afetivo entre eles. CONCLUSÃO: Diante de todas as peculiaridades do caso apresentado, o qual foge em diversos pontos da evolução habitual de uma gravidez, faz-se relevante sua publicação. Nele, evidencia-se o desfecho positivo obtido no binômio e destaca-se a importância da assistência de enfermagem na humanização do cuidado para fortalecimento de vínculo, prevenção de doenças e promoção à saúde.