LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA SOB A PERSPECTIVA DA ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
NAYARA MARY ANDRADE TELES MONTEIRO
Autores:
  • Emanuella Gomes Maia
  • Dejeane de Oliveira Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência obstétrica é algo recorrente nos serviços de saúde e requer discussões na perspectiva de reduzir a sua ocorrência. Essa conduta viola o direito à vida, a saúde e a integridade, caracterizando-se como violência obstétrica. Esse fenômeno complexo e multifacetado pode repercutir de forma significativa na saúde da mulher, familiares e dos envolvidos no processo, configurando-se como um problema de saúde pública. O debate sobre essa temática na formação em Enfermagem é relevante, considerando que as profissionais devem estar inseridas no novo modelo obstétrico com vistas a garantir uma assistência humanizada, respeitosa e menos intervencionista. Diante do exposto, formulou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais evidências científicas há na literatura acerca da violência obstétrica sob a perspectiva da enfermagem? O objetivo foi identificar evidências científicas a acerca da violência obstétrica na perspectiva da Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo revisão integrativa. A coleta de dados ocorreu em novembro de 2021, a partir das bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde, SciELO, Pubmed e Google Acadêmico, com a utilização dos descritores do DECS/MESH em português: “violência obstétrica”, “parto”, “enfermagem”, e em inglês: “Obstetric Violence”, “Parturition”, “nursing”,"abuse" e “midwife”. A estratégia de busca utilizou os descritores juntamente com o operador booleano "AND". Após o processo de busca e seleção dos trabalhos totalizaram 14 artigos que foram analisados com base na Análise de Conteúdo de Bardin, na qual emergiram três categorias temáticas: 1) A violência obstétrica reconhecida e não reconhecida no cotidiano do trabalho de enfermeiras; 2) A hegemonia médica como limitadora de intervenções das enfermeiras sobre a violência obstétrica 3) A abordagem da violência obstétrica na formação em Enfermagem. Os dados evidenciaram que existem diferentes percepções de enfermeiras acerca do conceito e situações que caracterizam a violência obstétrica. O poder e valorização do saber médico e do modelo biomédico geram conflitos, limita a autonomia de enfermeiras e potencializam a violência obstétrica. Ademais, é imprescindível a abordagem da temática na formação em Enfermagem para que haja transformação e qualificação das práticas de cuidado em saúde.