LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DENGUE NO ESTADO DO PARANÁ
Relatoria:
Andrei Pchencenzni
Autores:
  • Karine Gemi Dias
  • Clenise Liliane Schmidt
  • Hian Carlos Gutzeit Brasil
  • Gabriely Brasil
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A dengue é uma arbovirose de notificação compulsória transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que ainda representa um grande problema de saúde pública no Brasil. O Paraná assim como outros estados brasileiros tem apresentado ao longo dos anos altos números de casos, o que torna imprescindível conhecer a situação epidemiológica da doença no estado. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da dengue no Estado do Paraná entre os anos de 2017 a 2021. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo, construído com base em dados disponibilizados pelo Departamento de Informativo do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados foram tabulados através do Software Excel 2016 e analisados por meio de estatística descritiva simples. Por utilizar dados secundários de livre acesso, não demandou aprovação de comitê de ética. RESULTADOS: No Paraná, ocorreram 349.651 casos de dengue, sendo 2020 o ano de maior ocorrência com 263.696 (75,4%) dos casos e 2018 o de menor notificação com 1.406 (0,4%). No período, a taxa de incidência mostrou tendência crescente, variando de 19,10/100 mil habitantes em 2017 a 2.273/100 mil habitantes em 2020. Houve predomínio de casos em mulheres (56,4%) de etnia branca (67,3%). Referente a faixa etária, 36% dos casos ocorreram entre indivíduos de 20 a 39 anos e 28,38% entre 40 e 59 anos. Quanto a escolaridade, nota-se que 17,3% possuíam o ensino médio completo, enquanto 37,4% não possuíam registro. O diagnóstico ocorreu principalmente por meio clínico-epidemiológico, totalizando 59,4% dos casos. A respeito da evolução clínica, 85,01% obtiveram cura, enquanto 14,89% não possuíam este registro. CONCLUSÃO: No período estudado, o Paraná apresentou um grande número de casos da doença, acometendo principalmente mulheres brancas em idade economicamente ativa e com mais de 8 nos de estudo. A alta taxa de incidência pode estar diretamente relacionada as variáveis ambientais e ao desenvolvimento de ações preventivas e diagnósticas. Ademais, ainda se percebem falhas nos registros dos casos, o que fragmenta as informações e dificulta o acompanhamento dos casos. Destaca-se que o conhecimento epidemiológico acerca da doença auxilia os profissionais na identificação de fatores de risco e na construção de ações preventivas, minimizando a ocorrência dos casos e possibilitando a qualificação da prática assistencial.