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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ESTUDO COMPARATIVO DE SÍFILIS GESTACIONAL E A INCIDÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM PERÍODO PANDÊMICO
Relatoria:
Pedro Paulo Santos Nunes
Autores:
  • Maria Eduarda de Araújo Moraes
  • Douglas Tiago da Silva Monteiro
  • Jefferson de Carvalho Braga
  • Amanda Gabriela Travassos Rocha
  • Elyade Nelly Pires Rocha Camacho
  • Milena Silva Simas
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), curável, causada pela bactéria Treponema pallidum, a qual pode ocorrer durante a gravidez, e atravessar a barreira transplacentária infectando seu concepto culminando na sífilis congênita (SC), que costuma ser assintomática em cerca de dois terços dos nativivos, entretanto, pode apresentar manifestações clínicas desde lesões cutaneomucosas até casos mais graves, onde atinge o sistema nervoso central e aumenta as chances de óbito fetal. O rastreio da sífilis durante a gestação é feito ainda no pré-natal e, quando constatada a infecção, deve-se encaminhar a gestante à assistência de alto risco, diante disso, a incidência da SC pode apresentar um importante indicador de qualidade do rastreio e adesão do pré-natal na atenção primária. Durante a pandemia de coronavírus, a necessidade de isolamento social dificultou os comparecimentos regulares das gestantes às consultas, impossibilitando o rastreio precoce de ISTs durante a gestação, a exemplo da sífilis, evidenciado pela diminuição abrupta do número de casos, tanto de gestantes com sífilis, quanto de sífilis congênita, contrapondo-se às estimativas dos dados de anteriores. Objetivos: Analisar as ocorrências de sífilis em gestantes e sífilis congênita e examinar o impacto nos números durante a pandemia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com análise da incidência de sífilis em gestantes e sífilis congênita, dos anos de 2018 a 2021, na plataforma DATASUS. Resultados: Entre 2018 e 2021 foram registrados 213.639 casos de sífilis em gestantes (SG) em todo o Brasil e 83.934 casos de SC, número que vinha decaindo anualmente de forma progressiva. Todavia, a queda dos números a partir de 2020 e principalmente em 2021, contexto de pandemia, foi abrupta, sendo registrado no ano de 2020, 22.136 casos e em 2021, 10.895 casos de SC. Quanto à SG, em 2020 foram verificados 61.402 casos e em 2021, 26.903 casos de SG. Conclusão: O isolamento social e a demanda de profissionais para auxiliar nas notificações de coronavírus dificultou o rastreio da SG e da SC, e pode ter sido um fator agravante para a subnotificação de casos, dessa forma, os casos de sífilis não rastreado podem ter sido maior que os encontrados. Todavia, é fundamental a retomada dos registros e testagens, fornecendo um parâmetro à população e aos órgãos de saúde, que direcionam os recursos para prevenção e tratamento.