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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
AVALIAÇÃO DO DESFECHO DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS INTERNADOS POR COVID-19 NO NORDESTE BRASILEIRO
Relatoria:
Glaubervania Alves Lima
Autores:
  • Luis Angel Cendejas Medina
  • Brena Shellem Bessa de Oliveira
  • Sabrina de Souza Gurgel Florencio
  • Carla Regina de Souza Teixeira
  • Francisca Elisângela Teixeira Lima
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A infecção pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) parece contribuir para o agravamento das alterações clínicas de indivíduos com Diabetes Mellitus (DM) que foram hospitalizados por COVID-19, influenciando no prognóstico clínico. Objetivo: Avaliar o desfecho dos pacientes com DM hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 no Nordeste brasileiro. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, realizado com pacientes com DM e SRAG por COVID-19 confirmados e notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), hospitalizados no Nordeste brasileiro, no período de janeiro/2021 a junho/2022. Os critérios de inclusão foram: ter idade >= 20 anos, residir na região nordeste do Brasil e ter a variável evolução preenchida com cura ou óbito. A coleta ocorreu no dia 12 de junho 2022, na plataforma do SIVEP-Gripe. Utilizou-se estatística descritiva, com medidas de tendência central e de dispersão; e a inferencial com o teste Qui-quadrado de Pearson, calculadas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 23. Por se tratar de dados secundários, de domínio público, não se faz necessário submeter ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos 26.146 pacientes que compuseram a amostra, 13.093 (50,1%) eram homens, com média de idade de 65,70 anos (± 14,14). Um total de 6.986 (26,7%) foram vacinados e os sintomas mais prevalentes foram: dispneia (74,8%), tosse (70,4%), saturação O2<95% (66,9%), febre (57,6%) e desconforto respiratório (56,5%). Houve 11.717 (44,8%) casos de internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com uso de suporte ventilatório não invasivo (45,5%) e invasivo (26,4%), e 13.396 (51,2%) curas. Observou-se associação estatisticamente significante entre as variáveis dispneia, saturação O2<95%, desconforto respiratório, internação em UTI, uso de suporte ventilatório e óbito (p< 0,001). Além de associação estatisticamente significante entre ter sido vacinado e evoluído para cura (p<0,001). Conclusões: Percebeu-se que os fatores clínicos e a vacinação contra a COVID-19 apresentaram-se como determinantes diretamente associados ao desfecho de cura ou óbito nos pacientes com DM investigados. Assim, ressalta-se a necessidade de intensificar ações de sensibilização da população acerca da vacinação a fim de reduzir a morbimortalidade pela doença neste público.