Introdução: A dengue é uma doença aguda sistêmica de origem viral transmitida pelo mosquito-vetor Aedes aegypti presente na maioria dos municípios brasileiros e tornou-se problema de saúde pública em decorrência das sucessivas epidemias produzidas desde a década de 1970. Objetivo: Descrever o padrão de frequência dos casos de dengue em adolescentes durante o período de 2018 a 2021 no município de Fortaleza. Metodologia: Estudo epidemiológico, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com dados secundários referentes aos casos de dengue em adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos de idade disponíveis do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos (SIMDA) da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza no período de 2018 a 2021. Os dados foram organizados e analisados por meio do Programa Excel. Resultados: No período analisado, um total de 27.760 casos de dengue foram registrados no município de Fortaleza-Ceará. Destes, 5.594 (20,15%) eram adolescentes, sendo observado um aumento gradativo no número de adolescentes diagnosticados com dengue ao longo do tempo, com a incidência de 251 casos em 2018, 922 em 2019, 1.569 em 2020 e 2.852 casos confirmados entre adolescentes em 2021. Ao analisar a distribuição por Secretaria Regional (SR), a SR com o maior número absoluto de casos de dengue entre os adolescentes nos últimos 4 anos foi a SR VI com 1.779 casos, ao passo que as demais contabilizaram: SR I - 590; SR II - 683; SR III - 484; SR IV - 687; e SR V - 1.312 casos. No entanto, ao considerar a proporção de adolescentes entre o total de casos, constatou-se que a SR III possui o maior percentual com 22,40% do total de casos. Os serviços de saúde mais procurados entre os adolescentes foram as Unidades de Pronto Atendimento, com 2.432 (43,50%) casos e as Unidades de Atenção Primária à Saúde, com 1.930 (34,51%). Conclusão: Os casos de dengue em adolescentes apresentaram taxas de aumento gradativo na incidência ao longo dos últimos anos. As Secretarias Regionais com condições de infraestrutura, saneamento e habitação insatisfatórias apresentaram os maiores índices de casos confirmados da doença neste público, alertando para a necessidade de concretização de ações intensivas de combate ao mosquito-vetor nessas regiões.