Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DO SOFRIMENTO MORAL EM ENFERMEIROS
Relatoria:
Camila Antunez Villagran
Autores:
- Tais Carpes Lanes
- Camila Milene Soares Bernardi
- Ariel Siqueira Lemos
- Graziele de Lima Dalmolin
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Os enfermeiros vivenciam inúmeras situações em seu cotidiano de trabalho, que podem se constituir em motivos para o desencadeamento do processo de Sofrimento Moral (SM). O SM ocorre quando a enfermagem se sente impedida, por questões organizacionais, de realizar o que considera eticamente correto, de acordo com as normas éticas de sua categoria profissional. As questões organizacionais que dificultam a deliberação moral estão relacionadas a falta de estrutura institucional e condições materiais, as quais se agravam gerando conflitos e dificuldades para o reconhecimento de procedimentos assistenciais inadequados ou inseguros, além de refletir nas interações interpessoais. Sendo assim o objetivo é identificar a intensidade e a frequência do SM em enfermeiros hospitalares. Realizou-se um estudo transversal, com 269 enfermeiros atuantes em um hospital universitário do sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu no período de abril a junho de 2019, por meio de um instrumento sociodemográfico e laboral, e a Escala Brasileira de Distresse Moral em enfermeiros. Empregou-se a análise estatística descritiva. Os preceitos éticos da Resolução 466/12 foram respeitados, sendo projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local sob número de parecer 2.764.702 em junho de 2018. Os resultados demonstraram a maior intensidade de SM para o item “Reconhecer que os materiais de consumo são inadequados” (M=4,58; DP=1,72) e a maior frequência de SM para o item “Reconhecer que os materiais de consumos são insuficientes” (M=4,10; DP=1,53), ambos itens pertencem ao fator “Condição de trabalho”. Dessa forma, percebeu-se que os problemas relacionados a recursos materiais inadequados e insuficientes são caracterizados como riscos para o surgimento de conflitos éticos, prejudicando a qualidade da assistência e posteriormente, desencadeando o SM entre enfermeiros atuantes nas unidades hospitalares.