O presente artigo teve como objetivo promover reflexões acerca da relação entre a enfermagem, enquanto campo de intervenção científica e profissional, e a categoria mulher, como sujeito atuante nesse universo, bem como o lugar dessa mulher enfermeira no contexto maranhense, suscitando questionamentos sobre a sua importância no combate ao COVID-19. O trabalho constitui-se enquanto uma pesquisa de natureza qualitativa, de nível descritivo, utilizando a revisão bibliográfica (não sistemática) como técnica de produção de informações. Para tanto, realizou-se um apanhado de material bibliográfico e documental para embasar a discussão. Com base na literatura e nos documentos consultados infere-se que a desvalorização da mulher na enfermagem é fruto de um processo histórico de romantização da profissão, na qual fazem a ligação de maternidade ao cuidado com o trabalho. Outrossim, o contexto da pandemia lançou uma lente de aumento para esse cenário, em que se precarizou ainda mais o trabalho da enfermeira, desprestigiando sua formação, atribuindo-lhes valores simbólicos que as afastam da valorização do trabalho.