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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
INTERFACES DE CONSTRUÇÃO DO SUS E ASSISTÊNCIA À COMUNIDADE LGBTQIAP+: REFLEXÕES DOS AVANÇOS E RETROCESSOS
Relatoria:
Taís Leandra Ferreira dos Santos
Autores:
  • Lígia Fernanda da Silveira Andrade
  • Maria Rita Suassuna Holanda
  • Renato Nogueira de Freitas
  • Jessica Crislei da Silva
  • Francisca Flávia Campos Silveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O SUS consolidou-se a partir da constituição de 1988, sendo regulamentado no ano de 1990. A partir disso, iniciou-se a análise das necessidades de saúde da população e o SUS começou a implementação de assistência de acordo com as demandas de cada grupo disperso na sociedade. Entretanto, a falta de cuidado em saúde voltada à comunidade LGBTQIAP+ mostrou-se evidente desde o princípio das execuções de ações em saúde. Isso se deve a construção do sistema baseado em visões cis-heteronormativas, utilizando os fatores biológicos como alicerces do que é “correto”. Objetiva-se refletir como a atual política de assistência à saúde da comunidade LGBTQIAP+ vem se solidificando e ganhando espaço, em meio às dificuldades consequentes de sua construção, oras biomédica e estática, oras conformando uma construção histórico cultural, destinada a questionar esse viés cis-heteronormativo do Sistema Único de Saúde. Têm-se a revisão de literatura como caminho metodológico adotado por este artigo. Para guiar o estudo dispôs-se da seguinte questão norteadora: “Como o processo de construção do SUS impacta a atual assistência à saúde da comunidade LGBTQIAP+?”. Como resposta, os imensos obstáculos sofridos pela população LGBTQIAP+ no seu acesso à saúde, envolvem discriminação, marginalização e exclusão social, que se expressam em um cenário sócio-histórico permeado por preconceito, estigma social, omissão de direitos e invisibilização de todo um grupo social, impactando diretamente na saúde dessas pessoas. Por fim, o comportamento social desenvolvido na construção do SUS torna-se um determinante e condicionante de agravo à saúde das minorias de gênero.