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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
O IMPACTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS IDOSAS
Relatoria:
JULIANA EDUARDA BALESTRO
Autores:
  • Maiara Kunzler
  • Ana Julia Conrad Parmegiani
  • Camila Amthauer
  • Ana Caroline Baldissera
  • Marieli Cristina Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: a Incontinência Urinária (IU) é a perda involuntária de qualquer volume urinário, o qual acomete grande parte da população idosa, podendo desencadear prejuízos na qualidade de vida e afetar os aspectos sociais, econômicos, psicológicos e físicos do portador, além de propiciar o agravamento de outras patologias pré-existentes. OBJETIVO: compreender o impacto da IU na qualidade de vida de idosos. MÉTODO: trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória. A coleta de dados ocorreu em agosto de 2021, a partir de uma entrevista semiestruturada, de caráter individual. Para análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O estudo obedeceu a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob Parecer número 4.780.357. RESULTADOS: fizeram parte do estudo onze idosos portadores de IU, pertencentes a uma Estratégia Saúde da Família de um município do Extremo Oeste de Santa Catarina. Os participantes eram exclusivamente do sexo feminino, com idade entre 63 a 76 anos, a maioria com baixa escolaridade, aposentados, casados e uma média de três filhos. Após a análise dos dados, emergiu uma categoria temática: discursos e vivências de idosos com IU e o impacto na qualidade de vida. O portador de IU sofre com as repercussões emocionais e sociais desencadeadas por tal problema, que ferem não só a questão física. Uma característica marcante ressaltada é o odor de urina, uma circunstância que gera desapontamentos e insatisfação. Os entrevistados dispõem de diferentes medidas de autocuidado, conforme sua percepção e compreensão do que seria adequado realizar para reprimir os desconfortos provocados pela perda de urina. Ao buscar assistência, apesar de encontrarem profissionais que se sensibilizem com o problema, ainda sofrem com o déficit de informação de alguns profissionais de saúde que repassam informações incorretas aos pacientes, tornando-os ainda mais frustrados e desassistidos frente a esta patologia. CONCLUSÃO: foi possível conhecer e identificar os sentimentos verbalizados na forma de vergonha devido ao odor, frustração pelo risco de serem vistas com a roupa molhada em público, medo, insegurança, decepção, nervosismo e tristeza. Neste contexto, é imprescindível que o enfermeiro esteja embasado cientificamente para o atendimento das síndromes do envelhecimento, a exemplo da IU.