Introdução: A vacinação contra a COVID-19 tem avançado em todo o mundo, contudo ainda acontecem hospitalizações pela doença, inclusive em pessoas com Diabetes Mellitus (DM). Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico das pessoas com DM, internadas por COVID-19 no estado de São Paulo, comparando os pacientes não vacinados com vacinados. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, realizado com pacientes com DM e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 confirmados e notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), hospitalizados em São Paulo, no período de janeiro/2021 a junho/2022. Para compor a amostra, adotou-se os seguintes critérios de inclusão: ter idade >= 20 anos, residir no estado de São Paulo e ter a variável vacinação pra COVID-19 preenchida com sim ou não. A coleta ocorreu no dia 12 de junho 2022, na plataforma do SIVEP-Gripe. Na análise utilizou-se de frequência absoluta e relativa, medidas de tendência central e de dispersão, calculadas no Excel 2013. Por se tratar de dados secundários, de domínio público, não se faz necessário submeter ao Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos 33.737 pacientes que compuseram a amostra, 19.211 (56,9%) não haviam sido vacinados. As características sociodemográficas dos não vacinados e vacinados foram, respectivamente: homens (51,7%; 51,3%); com média de idade de 60.6 anos (± 13.4) e 69.5 anos (± 13.1); de cor branca (64,1%; 66,3%); concluíram o ensino médio (14,7%; 10,6%); residem no interior do estado (78,8%; 74,5%). Os sintomas mais prevalentes também dos não vacinados e vacinados foram, respectivamente: dispneia (76,1%; 70,9%); saturação O2< 95% (75,7%; 72,3%); tosse (71,4%; 69,9%); e desconforto respiratório (63,0%; 58,0%). Dentre os pacientes não vacinados e vacinados, respectivamente, 39,0% e 37% foram internados em UTI e 25,0% e 18,7% necessitaram de suporte ventilatório invasivo. Conclusões: Constatou-se que homens e idosos com DM detiveram o maior número de internações por COVID-19 no estado de São Paulo e a dispneia foi o sintoma mais observado nos dois grupos. A necessidade de suporte ventilatório não invasivo foi mais prevalente em pacientes não vacinados.