LogoCofen
Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
TELENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS PESSOAS AUTISTAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Edlânia Marques Gomes Rocha
Autores:
  • Isabella Machado Silva Martins
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A teleenfermagem foi regulamentada pelo COFEN pela resolução nº 696/2022, a qual normatiza a atuação da Enfermagem na Saúde Digital no âmbito do SUS. Pacientes autistas cujos principais déficits estão na comunicação e interação social e padrões e comportamentos repetitivos ou restritos, necessitam de intervenção ao longo de sua vida, a fim de aumentar sua funcionalidade nos ambientes em que convive. Objetivo: Relatar a experiência de teleatendimentos realizada por uma enfermeira a adolescentes autistas em uma unidade especializada em tratamento de pessoas com TEA. Método: Trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo e com abordagem qualitativa. Os teleatendimentos foram realizados de julho de 2020 a julho de 2021 e surgiu como ação do Plano de Contingência contra o COVID-19. Resultados: Inicialmente, o atendimento de teleenfermagem ocorreu com objetivo de oferecer educação em saúde aos pais e cuidadores, fornecendo orientações e estratégias para que a estimulação do paciente ocorresse no domicílio. O atendimento direto com o paciente autista se deu por meio de jogos, vídeos e músicas compartilhados entre o profissional e o paciente, sendo estes recursos, meios fundamentais para aquisição de repertório comportamental e interação. Além dos recursos visuais utilizados nos atendimentos, estratégias com evidências científicas para aumentar gradativamente o tempo de permanência do paciente na sessão, reduzir estímulos e aumentar a motivação e respostas às atividades foram fundamentais para a efetividade do atendimento. Alguns contratempos foram observados durante o período de atendimento por telenfermagem, como a instabilidade e inacessibilidade à rede de internet. Considerações finais: A telenfermagem mostrou-se uma excelente ferramenta para promoção da educação em saúde a pais e cuidadores de autistas. Para o atendimento direto apresentou-se efetivo para pacientes níveis I e II de suporte, podendo ser um excelente recurso para compor e ampliar as intervenções propostas em plano terapêutico singular do paciente. Em alguns casos, percebeu-se que a agitação psicomotora grave e dificuldade em seguir instruções simples foram obstáculos para a ocorrência da telenfermagem. É de extrema importância que o enfermeiro tenha conhecimento técnico e científico para facilitar o atendimento, fortalecendo a relação enfermeiro-paciente e garantindo a aquisição de habilidades comunicativas e sociais.