Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
FREQUÊNCIA DE SESSÕES DE RODAS DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA APLICADAS EM PESQUISAS CIENTÍFICAS
Relatoria:
ALISSÉIA GUIMARÃES LEMES
Autores:
- Maria Aparecida Sousa Oliveira Almeida
- Liliane Santos da Silva
- Margarita Antonia Villar Luis
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Terapia Comunitária Integrativa (TCI), apontada como uma tecnologia do cuidado, se apresenta como importante recurso terapêutico, de âmbito coletivo, na perspectiva de auxiliar o participante a desenvolver sua autonomia e tornar-se cada vez mais protagonista do seu próprio cuidado. Objetivo: Investigar a frequência de rodas de terapia comunitária integrativa aplicadas em pesquisas científicas. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em junho de 2022, com as publicações dos últimos 16 anos, nas bases BDENF, LILACS, MEDLINE e SCIELO (, com uso dos descritores “práticas integrativas e complementares” OR “terapias complementares” OR “terapia comunitária” AND “saúde mental”. Incluiu artigos primários publicados no idioma português (Brasil), inglês e espanhol, entre 2006 a 2022 e disponibilizados na íntegra e gratuitos. Foram encontrados 21.829 artigos, sendo 21.805 descartados, após leitura de título e resumo, por não se enquadrarem nos objetivos do estudo. A amostra final foi composta por 24 artigos. Resultados: Destaca-se que maior número de publicação ocorreu em 2011 e 2020 (4 cada), 2012 (3), 2009, 2010, 2013 e 2017 (2 cada). A maior parte dos estudos foram do tipo exploratório (7), documental (6), História Oral e descritivos (4 cada), com abordagem qualitativa (19). A média do número de rodas de TCI aplicadas em pesquisas científicas foi de 8,7. Apenas um estudo sugeriu um protocolo mínimo seis rodas de TCI para serem utilizados com a finalidade de pesquisas científica. A maior parte dos terapeutas comunitários eram enfermeiros (9) e psicólogos (3). O público alvo das rodas de TCI foram em sua maioria idosos, usuários de drogas, usuários dos serviços de saúde, mulheres, adultos, gestantes, adolescentes escolares e comunidade em geral. A maior parte das rodas de TCI foram aplicadas nos centros sociais (11), na atenção básica (4), em clínicas de reabilitação da dependência (4) e nos CAPS (3). Conclusão: essa revisão revelou que poucos artigos indicaram o número de rodas de TCI utilizadas, demonstrando uma fragilidade nas pesquisas publicadas. Por outro lado, os resultados serviram para inferir a necessidade de estabelecer protocolos que apresentem o mínimo de frequência/número de rodas de TCI a serem aplicadas em estudos avaliativos, com vistas a auxiliar no planejamento de pesquisas futuras que desejam avaliar os impactos da TCI e ainda ampliar a qualidade das evidências das investigações oriundos de pesquisas científicas.