Introdução: Devido ao isolamento de comunidades ribeirinhas e a necessidade do deslocamento em barcos para se alcançar uma assistência à saúde, há pouca procura dessa população a serviços preventivos de saúde, além de haver pouca informação sobre ISTs uma vez que este assunto ainda é restrito nessas regiões. Objetivo: Relatar os achados durante aplicação de testagem rápida para IST em comunidades ribeirinhas e dificuldades encontradas Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivido por acadêmicos de Enfermagem, da Universidade Federal do Pará, em comunidade ribeirinha da região metropolitana de Belém, onde ocorreu atividade de ação em saúde com vacinação, palestras, verificação do estado geral de saúde, entre outros serviços ofertados para a população, estando entre estes a testagem rápida para ISTs. Resultados: A realização dos testes rápidos se deu durante a Ação em Saúde realizada na comunidade que, devido a escassez de assistência à saúde, se faz bastante presente em momentos como esse. Entretanto, apesar da grande demanda de pessoas, poucos realizavam os testes, sendo que todo o público testado foi de mulheres, já que a população masculina se recusava a realizar a testagem rápida. Vale destacar que a maioria dessas mulheres tinham relacionamentos de longa duração e não utilizavam preservativo durante as relações sexuais, pois não achavam necessário por ter relacionamento fixo. além de ter ficado claro que a comunidade tinha certo receio em pegar os preservativos. Conclusão: Dessa forma, percebe-se que as comunidades ribeirinhas de Belém necessitam de mais informações sobre ISTs e as testagens rápidas, visto que a temática ainda é um tabu na região, levando as pessoas a se recusarem ao teste e terem vergonha de pegar os preservativos. Logo, se torna importante novas abordagens na comunidade para se falar dessa temática, buscando esclarecer as dúvidas e desmistificar a temática.