Introdução: A enfermagem Brasileira é o grupo de profissionais da saúde que mais se compromete com grandes jornadas de trabalho, dificultando o autocuidado. Esses profissionais que são responsáveis pelo cuidado de outros acabam esquecendo-se de se autocuidar, o que os levam para um caminho de doenças crônicas e maiores exposições aos fatores de risco associados a elas, em especial a doença renal crônica (DRC). Objetivo: Descrever o conhecimento sobre a função renal de profissionais de enfermagem atuantes em um serviço de nefrologia do Estado do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se do recorte de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital universitário do estado do Rio de Janeiro que foi apresentado como trabalho de conclusão do curso de graduação em enfermagem. Todos os membros da equipe de enfermagem do setor de Nefrologia, dos plantões diurno e noturno, que conta com 16 enfermeiros, 11 residentes de enfermagem e 34 profissionais de nível médio em enfermagem foram convidados a participar da pesquisa através de envio de e-mail e mensagem convite. Apenas 27 profissionais responderam e aceitaram participar. Os demais não enviaram resposta mesmo após 3 convites. O projeto foi aprovado sob o CAAE 42542321.9.0000.5282. Resultados: Os profissionais foram questionados se já haviam realizado exame de creatinina alguma vez na vida e 5 (18,5%) nunca o fizeram; Dentre os que já fizeram o exame 11 (40,7%) lembram o valor e 11 (40,7%) não lembram; quando questionados ao tempo de realização do ultimo exame, 8 (29,6%) realizou nos últimos 6 meses, 6 (22,2%) entre 6 meses e 1 ano e 8 (29,6%) há mais de 1 ano. Considerações: Apesar dos profissionais atuarem no setor de nefrologia, muitos não tem conhecimento de sua função renal ou não a acompanha com regularidade. Além disso, devido a sobrecarga de trabalho, muitos podem não ter respondido ao questionário por receito de identificação de algum problema. Campanhas com foco na detecção precoce da DRC possibilitam impedir a instalação da doença ou dificultam a sua evolução. é importante reforçar com profissionais que esses devem cuidar de si para poderem cuidar de outros.