Introdução: Com a pandemia do COVID-19, causada pelo vírus SARS-COV 2, tornou-se mais evidente a vulnerabilidade dos profissionais de saúde no processo de trabalho. Como doença infectocontagiosa, transmitida por vias respiratórias superiores, tornou-se fundamental o uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Objetivo: Apresentar a problemática da lesão por pressão devido a utilização de EPI por profissionais de saúde envolvidos na assistência a pacientes acometidos por COVID-19, em um hospital universitário federal do Paraná. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência que aborda as medidas para prevenção de lesão por pressão (LPP) relacionada ao uso prolongado de EPI por profissionais de saúde. O cenário desta pesquisa é o cotidiano de trabalho dos enfermeiros especialistas em prevenção de LPP junto aos enfermeiros que trabalharam no combate à pandemia do COVID-19. Resultados: O referido hospital começou a receber pacientes infectados pelo SARS- COV-2 em meados de março 2020. A partir daí iniciaram-se as queixas relacionadas ao uso de máscara N95 (PFF2), como marcas e lesões superficiais em face, orelhas e nariz. A equipe de cuidados com a pele (ECP) sensibilizada com a problemática envidou esforços para identificar alternativas que solucionassem ou minimizassem o problema. E foi disponibilizado aos profissionais de saúde, como medidas paliativas, a película protetora em spray e o curativo de hidrocoloide. Concomitantemente, a ECP desenvolveu um projeto para a gestão do problema, encaminhado para a direção hospitalar, no qual afirmava-se a necessidade do uso de espumas finas de silicone para a prevenção de lesão por pressão. Quando recebidas, foram recortadas e disponibilizadas aos profissionais para redução dos impactos causados pelo uso contínuo das máscaras. Conclusão: A ECP dedicou significativa parte de seu trabalho para analisar o material que seria disponibilizado para proteção, privilegiando sua adaptação à anatomia da face, reduzindo a pressão e garantindo a selagem da máscara. Embora não tenha havido uma pesquisa formal de satisfação junto aos enfermeiros, foram recebidos relatos verbais positivos de que a ação contribuiu com o conforto e, na qualidade da assistência dos profissionais, que estavam trabalhando diretamente na linha de frente contra a COVID-19. Concluindo-se que a pronta atenção ao cenário de prática e a proatividade dos gestores resultou em um melhor retorno para todos: trabalhador – cliente – instituição.